Ambiente

Poupança de água com rega inteligente de parques e jardins chega aos 15% em oito anos

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Filipa Brito

A Câmara do Porto tem vindo a ampliar a rede de espaços verdes dotados de sistemas de rega inteligente, automatizados com recurso a software interligado com estações meteorológicas e que permite a gestão das necessidades de rega em função das condições climatéricas, evitando a rega aquando de ocorrência de precipitação.

O programa de rega inteligente implementado pela autarquia nos espaços públicos visa a redução de uso desnecessário de água e conta atualmente com um total de 14 sistemas instalados e em funcionamento, nos parques e jardins de maior dimensão. Este programa tem garantido uma poupança de água na ordem dos 15% desde a sua implementação, em 2014, refere a agência Lusa.

O Município do Porto mantém-se atento ao atual período de “maior stress hídrico” e tem recorrido às águas dos lagos para a rega de grandes extensões de prado nos parques urbanos como, por exemplo, no caso do Parque da Cidade. Em função da evolução do tema na cidade, a autarquia poderá tomar outras medidas.

A aposta na gestão eficiente dos recursos hídricos e na poupança de água de forma sistemática tem vindo a ser feita no quadro da Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, lançada em 2016. A substituição do coberto vegetal por espécies menos exigentes e preferencialmente sem necessidade de rega ou a substituição de relvados convencionais por prados de sequeiro e prados floridos com necessidades reduzidas de rega são algumas das medidas que fazem parte do plano da Câmara do Porto.

Poupança e prevenção do desperdício

Recentemente, a empresa municipal Águas e Energia do Porto deu início a uma empreitada contínua para renovar três quilómetros de condutas de água prioritárias por ano, com o objetivo de eliminar as fugas e perdas de água existentes nas condutas, logo a redução do desperdício ambiental, bem como de falhas no fornecimento de água aos clientes.

Está igualmente a ser feita uma gestão responsável da água disponível em todos os equipamentos públicos como fontes, fontanários e bebedouros. A disponibilidade da água nas fontes, chafarizes e espelhos de água é realizada com recurso a recirculação interna, sem necessidade de consumo contínuo, recorrendo-se igualmente ao fecho de alguns equipamentos com consumos desnecessários em momentos de maior stress hídrico, cita a agência Lusa.

A responsabilidade ambiental da Câmara do Porto tem-se também traduzido na preocupação com a sustentabilidade nos edifícios ocupados por serviços municipais, de que o melhor exemplo são as novas instalações das empresas municipais GO Porto e Porto Ambiente. O edifício na Rua de S. Dinis foi totalmente requalificado, com cuidados ao nível ambiental e da eficiência, permitindo o reaproveitamento de todas as águas. A construção permite 40% de economia de água em equipamentos sanitários (sistema de aquecimento de água através de painéis solares, torneiras e equipamentos sanitários com controlo de caudal e temporização).