Política

Portugal Século XXI esteve em debate na Fundação Ilídio Pinho

  • Paulo Alexandre Neves

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Paulo Portas foi o convidado da conferência “Tendências geopolíticas e geoeconómicas mundiais e impactos no futuro da Europa”, que decorreu ontem, na Fundação Ilídio Pinho, inserido no ciclo “Portugal Século XXI” que a instituição está, atualmente, a organizar.

O atual comentador político passou em revista os últimos anos e toda “a imprevisibilidade de análises feitas”, sem que se ninguém tivesse em conta uma pandemia duradoura e uma guerra imprevista na Europa. “As análises de riscos feitas por todos os ‘think thanks’ estão muito pré-determinadas, não contando com as imprevisibilidades”, sublinhou, acrescentando não crer que, mesmo assim, se possa falar numa nova ordem mundial.

E acrescentou: “Não há um sistema internacional de gestão de crise, que, por exemplo, previna conflitos. Quem tem, hoje, direito de veto? Os vencedores de 1945 [II Guerra Mundial], mas o mundo mudou muito. Como é possível não estar no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) países como a Índia, o Japão, a Alemanha ou mesmo o Brasil?”.

Para além do empresário e criador da fundação, Ilídio Pinho, a conferência contou com a presença do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira (que ofereceu ao orador o livro "1820. Revolução Liberal do Porto", de José Manuel Lopes Cordeiro), do vice-presidente Filipe Araújo, do presidente da Assembleia Municipal, Sebastião Feyo de Azevedo, do presidente da Câmara de Vale de Cambra, José Pinheiro, de empresários e dirigentes académicos.

Relativamente à pandemia, Paulo Portas é da opinião que “ela não se resolve por tweets. Os povos devem ter, cada vez mais, exigência na qualidade dos governantes”, concluiu.