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Porto Vólei na final da TAÇA

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O Porto Vólei 2014 e o Atlético VC defrontam-se amanhã (16h00) na final da Taça de Portugal - seniores femininos, a disputar no Pavilhão Multiusos Rota dos Móveis, em Lordelo (Paredes), numa organização da Federação Portuguesa de Voleibol e da Associação de Voleibol do Porto, com o apoio da Câmara Municipal de Paredes. 
Este jogo tem transmissão em directo na Sport TV [Ver Jogos]

Antes do começo do jogo foi cumprido um minuto de silêncio em memória do cineasta Manoel de Oliveira.

O Boavista FC entrou em campo com a clara intenção de se bater taco a taco pelo apuramento para final, apesar do poderio do seu adversário.
A perderem por 5-8 e 7-9, as axadrezadas conseguiram igualar (10-10) e manter o Porto Vólei em sentido (14-12).
Beatriz Santos, valendo-se do seu 1,95 metros de altura, era a pontuadora-mor do Boavista e foi ela que rubricou o 16.º ponto, o quinto da sua conta pessoal, no segundo tempo técnico (16-14). 


A reviravolta aconteceu com... três serviços directos de Vanessa Paquete, que deu vantagem ao Porto Vólei (19-18).
Encontrado o calcanhar de Aquiles do Boavista, a sua recepção, a equipa de Manuel Almeida distanciou-se (22-19).
A reacção das axadrezadas fez com que os níveis de confiança voltassem a um ponto de equilíbrio e foi recompensada com a igualdade (22-22), através de um serviço directo conseguido por Daniela Sol. 


Porém, seria com um serviço directo da distribuidora Eliana Durãp que o Porto Vólei chegaria à vitória: 25-22.

No segundo set, o Porto Vólei entrou mais eficaz na sua manobra ofensiva e atingiu a primeira paragem obrigatória com o dobro dos pontos das axadrezadas (8-4). 


No segundo tempo técnico, a vantagem das finalistas da I Divisão Elite era já avassaladora (16-8), pelo que não surpreendeu ninguém o facto de o triunfo por números tão desnivelados ter sido selado com um erro de um desanimado ataque axadrezado: 25-13.

No terceiro set, o Porto Vólei adiantou-se, complementando bem com o bloco as dificuldades que criava com o serviço (4-0).


Foi nessa altura que as panteras mostraram a sua garra e equilibraram a contenda (5-5). Todavia, as portuenses voltaram à carga, desfazendo uma igualdade a 7 pontos (10-7).
Novo abrir das garras... voltou a recompensar as axadrezadas (10-10).
Novo incremento nas manobras ofensivas (bloco e ataque) por parte do Porto Vólei e... clara vantagem: 16-11.
Paulatinamente, o Porto Vólei foi consolidando o seu domínio (20-13) até ao resultado final de 25-17.

Marta Hurst, autora de 14 pontos, foi a melhor pontuadora do jogo, enquanto Beatriz Santos, com 11 pontos, foi a melhor nesse capítulo entre as axadrezadas.

No final do jogo, Manuel Ameida, Treinador do Porto Vólei 2014, reconheceu:
"Estávamos à espera de um jogo complicado, pois os Boavista é uma equipa que medeia a experiência com uma juventude com muita potencialidade.
Sabíamos que elas iriam arriscar no serviço e isso aconteceu ao longo de quase todo o jogo. O nosso serviço não esteve bem o primeiro set, mas a partir do momento em conseguimos criar mais dificuldades no primeiro toque delas, desequilibramos mais a nosso favor.
Estamos contentes por estar na final e, agora, vamos tentar jogar o melhor possível. O AVC é uma equipa complicada, com excelentes valores individuais, com um serviço e um ataque muito fortes  e realizou uma excelente meia-final, que eu tive oportunidade de assistir. 
Penso que estão reunidas as condições para a realização de um bom espectáculo".

O Atlético VC apurou-se para a final ao vencer, por 3-1 (25-19, 19-25, 25-17 e 25-21), o Lusófona VC, primeiro jogo das meias-finais da Final 4.

Pese embora tenha sido pautado pelo equilíbrio nos momentos iniciais, o primeiro set foi comandado (4-2, 8-6) pelo AVC, que se adiantou ainda mais no marcador com dois pontos rubricados no ataque, o sector mais forte das famalicenses, por Tânia Oliveira, a sua artilheira de serviço (10-7).
Esta distância seria dilatada pouco depois, através de uma manobra ofensiva concluída com êxito por Ana Monteiro (14-9) e na paragem para o segundo tempo técnico registava-se já uma diferença ainda maior (16-9), após um ataque desperdiçado pelo Lusófona VC.
Novo ataque falhado tornou tudo ainda mais difícil para a as lisboetas (17-9). Contudo, e com Maria Miguel Santos a servir, o Lusófona logrou encurtar a distância (17-13), obrigando Óscar Barros a reunir com as suas pupilas.
Margarida Reis aproximou ainda mais a sua equipa (18-15), mas Tânia Oliveira assinou o 21-17 e um serviço directo de Catarina Mineiro aproximou ainda mais (22-17) a equipa de Óscar Barros da vitória no set, que acabaria por surgir com o resultado de 25-19.

No segundo parcial, o Lusófona VC, visivelmente mais tranquilo, mostrou-se superior nos momentos iniciais (4-2, 6-4).
Um serviço directo de Ana Monteiro ainda igualou a contenda (6-6), mas a equipa de Afonso Seixas não acusou o golpe e atingiu o primeiro tempo técnico em vantagem (8-6).
O ascendente das lisboetas desorientou as famalicenses (11-7), que reuniram com o seu treinador para afinar estratégias.


Um bloco de Maria Miguel Santos (12-7) complicou ainda mais a vida às nortenhas e a mesma jogadora conseguiu distanciar ainda mais a sua equipa pouco depois (14-8).
Um serviço falhado pelo AVC cifrou em seis pontos a diferença à passagem do segundo tempo técnico (16-10).
A reacção das famalicenses (16-13) seria travada momentaneamente com um ataque de Margarida Reis, mas Ana Monteiro e Tânia Oliveira continuaram a facturar no ataque até atingirem a igualdade (18-18).
Contudo, as universitárias não se deixaram intimidar e Maria Carlos Santos fez o 21.º ponto, com o 25-19 a surgir logo após três ataques desperdiçados pelo AVC...

No terceiro set, o Lusófona entrou novamente melhor (3-0), mas o AVC lograria dar a volta ao marcador e Tânia Oliveira aproveitaria para facturar o seu 12.º ponto individual e colocar as famalicenses a vencer por 5-3... e Inês Gomes aumentou a distância com um serviço directo, aumentando para seis os pontos sem resposta concretizados pelas famalicenses.


Margarida Reis, a melhor pontuadora do Lusófona (9 pts), era a mais inconformada com a reviravolta, mas seria Sara Sousa a lograr atingir a igualdade (8-8).
Foi o canto do cisne para a Lusófona, que viu as suas adversárias crescerem, cada vez com mais confiança - bloco a Margarida Reis (13-9).
Tânia voltou a facturar no ataque (17-10), indicando o caminho da vitória no set: 25-17.

No quarto set, um serviço directo de Carina Moura abalou a confiança da recepção das universitárias (5-2). Um bloco de Sofia Oliveira à artilheira Margarida Reis (7-2) aumentou a confiança das famalicenses, que atingiram a primeira paragem obrigatória com o dobro dos pontos das suas adversárias (8-4).
A distribuidora Inês Gomes, com um ataque ao 2.º toque, fez o 10-5, o que provocou a reacção intempestiva do Lusófona (11-9).
Contudo, um serviço desperdiçado pelas lisboetas permitiu novamente o distanciamento das famalicenses (16-12).
Pouco depois, a vantagem era ainda mais robusta (19-12)... mas o Lusófona reagiu com vigor (20-19), deixando tudo em aberto.
Um amorti de Tãnia Oliveira fez o 22-20 para o AVC, que logo aumentou o seu pecúlio através de um bloco.
Tãnia voltou a puxar o braço e rubricou o 24-20, abrindo caminho para a vitória no set e no jogo: 25-21.

Tânia Oliveira, com 19 pontos, foi a melhor pontuadora do jogo, enquanto a mais concretizadora do Lusófona VC foi Margarida Reis, com 12 pontos.

No final do jogo, José Óscar Barros, Treinador do AVC, salientou:
"Estamos na final e vamos até onde nos deixarem ir. Agora o que é importante é alicerçar este projecto. 
Há equipas com mais argumentos do que nós, mas o que é importante salientar é que este é um projecto que está a crescer e vitórias como esta dão-nos muita força. As equipas vão ter que contar connosco no futuro.
Têm-nos acontecido situações poucos comuns (lesões) e a equipa é muito jovem, hoje jogámos com duas atletas de 17 anos.
Estamos na I Divisão há apenas dois anos, com uma base de jogadoras da nossa formação, com potencial mas ainda muito inexperiente, que, contudo, tem sabido reagir sempre da melhor forma às adversidades e fazer das dificuldades forças para se superar. 
Foi isso que aconteceu mais uma vez, hoje, frente ao Lusófona, apesar da ausência de jogadoras fundamentais, como a Ana Novais e a Fabiola Gomes, que é, na minha opinião, a melhor jogadora portuguesa".

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REPORTAGEM OFICIAL E FOTOS DA FPV