Sociedade

Porto transforma-se em destino de eleição para investimento tecnológico

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Foram ontem
divulgados na Câmara do Porto dois novos projetos de expansão (Critical
Software e Blip) e também apresentado o trabalho da associação "Porto. TechHub"
que promove a cidade como destino tecnológico e empreendedor.


O presidente
da Câmara do Porto classificou a iniciativa "de enorme relevância para a
prosperidade da cidade e da região", plenamente enquadrada num dos grandes pilares
que estabeleceu no seu programa eleitoral, a economia.


Rui Moreira
realçou que o Porto "está na primeira linha das cidades europeias na atração de
investimento de elevado valor acrescentado", beneficiando "de um vibrante
ecossistema" que conta com 100 centros de investigação e combina a
inovação com o empreendedorismo. O autarca referiu que, nas várias frentes,
estão em curso 50 investimentos na cidade, metade de origem externa, que
representam cerca de 7500 novos empregos, e que são acompanhados pelo
InvestPorto, uma entidade criada por Rui Moreira exatamente com o intuito de
ajudar a captar e fixar investimento na cidade e liderada por Ana Lehmann.


O ministro
da Economia, Manuel Caldeira Cabral, presente na sessão, elogiou a atuação de
Rui Moreira e classificou-a como "um exemplo feliz de como fazer políticas
públicas", porque "não cabe ao Estado substituir-se ao papel dos privados, mas
sim facilitar a vida às empresas e criar um ambiente favorável ao
investimento".


Manuel
Caldeira Cabral falou do Porto enquanto "cidade criativa em muitos
domínios", sendo que o Município acarinha todas as iniciativas que visem
"criar valor pela tecnologia e inovação".


Quanto à
associação Porto. TechHub foi fundada por três grandes empresas nacionais e tem
como grande objetivo contribuir para o estimular os negócios de base tecnóloga.
A Farfetch, que domina um império digital de moda de luxo avaliado em 1,3 mil
milhões de euros, com sede em Londres e bases em Guimarães e Matosinhos, a
Critical Software, que concebe soluções para sistemas de informação e validou o
software de 20 missões espaciais, e a Blip, a sucursal portuguesa que assegura
as aplicações para o gigante do jogo online Paddy Power Betfair.


Para
setembro está já agendada a segunda edição da Conferência Tech Hub, este ano marcada
para o Hard Club e que espera mobilizar mais de 750 participantes.




 


Critical Software e a Blip vão
contratar mais pessoas e instalar-se no centro da cidade


A Blit vai
ancorar no Porto o principal núcleo de desenvolvimento das plataformas
tecnológicas que suportam as apostas desportivas do gigante britânico Paddy
Power Betfair, que fatura 1,5 mil milhões de euros por ano.


Após a
fusão, no fim de 2015, a multinacional decidiu transferir de Dublin para o
Porto o centro tecnológico da Paddy Power. Todos os sites e aplicações móveis
das apostas desportivas serão desenvolvidos por engenheiros portugueses.


Em 2012, a
Blip empresa empregava apenas 40 pessoas. Atualmente tem 240 colaboradores e
quer chegar aos 300. Para além das atuais instalações no Trindade Domus, a empresa
vai expandir-se para um edifício em fase final de reabilitação na freguesia do
Bonfim, uma mudança agendada para o próximo mês de outubro.


Quanto à Critical
Software, vai deixar a TecMaia (que recebe outra sociedade do grupo) e transfere-se
para a Rua do Bonjardim, indo ocupar o antigo edifício da EDP Renováveis.


A empresa que
opera no domínio do software e dos sistemas de informação prevê ainda duplicar
o número de trabalhadores para 200 pessoas.


A destacar
das apostas das duas empresas na cidade do Porto algumas razões em comum: o
rejuvenescimento da baixa da cidade, o aumento de turistas, a facilidade de
acesso com o metro, as oportunidades no setor imobiliário com a reabilitação
urbana e o "clima" político favorável.