Ambiente

Porto reforça aposta na floresta urbana

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A Câmara do Porto retomou o processo de monitorização das áreas plantadas nos últimos anos com espécies autóctones, no âmbito da Rede de Biospots do Porto, após a interrupção em 2020, devido à crise pandémica.

A iniciativa, inserida no FUN Porto – Florestas Urbanas Nativas no Porto – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, vai passar a incluir a monitorização dos nós de Regado e Francos. Desde 2017 (ano da primeira intervenção no terreno) as campanhas de monitorização têm sido anuais, exceto no ano passado, em que não se realizaram face à pandemia causada pela Covid-19.

O objetivo desta monotorização permanente é avaliar a taxa de sobrevivência das árvores e arbustos nativos plantados. Além disso, e de modo a garantir a integridade, segurança e adequabilidade das intervenções, existe um Grupo Consultivo, constituído por especialistas de várias áreas, desde o paisagismo à saúde, que acompanha os trabalhos.

O Município, em parceria com a Infraestruturas de Portugal, já plantou, nos cerca de 10 hectares de terreno dos nós do Regado e de Francos, Areias, Falcão, Paranhos e Freixo, 1.953 árvores e arbustos nativos, todos vindos diretamente do Viveiro Municipal do Porto, realçando a importância vital dos espaços verdes em meios urbanos.

Esta Rede de Biospots pretende estabelecer uma floresta urbana, que reforce a infraestrutura verde da cidade, aumentando a sua complexidade e, consequentemente, os serviços ecológicos que pode oferecer: aumento da biodiversidade, remoção de poluentes atmosféricos, redução da pegada de carbono do setor dos transportes, suavização da paisagem, mantendo a coerência ecológica da mesma. Pretende, também, melhorar os aspetos visuais das viagens rodoviárias, e ainda, reduzir os altos custos de manutenção desses espaços.

Esta é uma das várias iniciativas municipais em curso na implementação da estratégia ambiental e de contributo para a mitigação e adaptação às alterações climáticas da cidade.

Projeto FUN Porto é caso de estudo a nível europeu

O projeto FUN Porto é já caso de estudo na Europa, tendo sido reconhecido pela rede Eurocities, como um projeto exemplar na área da promoção das espécies e bosques nativos nas cidades.

A criação de infraestruturas verdes tem vindo a ser estimulada pela Comissão Europeia como uma oportunidade para obter benefícios ecológicos, económicos e sociais através de soluções naturais. As árvores, os parques e jardins, os bosques e florestas - no seu conjunto designadas de florestas urbanas - são um dos elementos chave destas infraestruturas verdes.

O FUN Porto nasceu em 2013 e, desde então, já foram produzidos no Viveiro Municipal mais de 75 mil árvores e arbustos autóctones. A maioria foi oferecida para reflorestação aos municípios da Área Metropolitana do Porto, 6 mil aos residentes para plantar nos seus jardins e cerca de 2 mil preenchem agora os nós da VCI.

Este projeto é promovido pela Câmara do Porto e contribui para o FUTURO – projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto, do Centro Regional de Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto (CRE.Porto).