Ambiente

Porto na dianteira do compromisso de transição para uma economia circular

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Miguel Nogueira

O primeiro relatório de progresso da Declaração de Cidades Circulares, recentemente publicado, pretende ser a avaliação mais ampla de sempre das práticas de economia circular nas cidades da Europa. Tendo sido um dos primeiros signatários da Declaração, o Município do Porto acredita que “podemos mostrar o caminho a seguir, liderar e mobilizar pessoas e organizações para a transição circular”.

Assim escreve o vice-presidente da Câmara do Porto, no prefácio que acompanha o relatório. Filipe Araújo reforça que “a passagem de uma economia linear para um económica circular é essencial se quisermos alcançar a descarbonização e permanecer dentro dos limites planetários”, mas que isso “significa adotar formas completamente novas de produzir e consumir”.

Neste sentido, lembra como, no Porto, “estamos a promover ativamente uma utilização mais sustentável dos recursos e a regeneração do nosso ambiente natural”, desde a adoção, em 2017, do Roteiro da Economia Circular.

O também responsável pelo Ambiente e Transição Climática na autarquia refere, no prefácio do relatório, o envolvimento de cidadãos e organizações no sentido de “prevenir o desperdício e desenvolver infraestruturas circulares e soluções inovadoras de gestão para aproveitar ao máximo os resíduos”.

É nesta lógica que Filipe Araújo refere o lançamento do Pacto do Porto para o Clima, o compromisso intersectorial para a descarbonização. “É por isso que o Porto se tornou hoje uma referência, não só a nível nacional, mas também a nível europeu, sendo selecionado pela Comissão Europeia como uma das 100 “Cidades Inteligentes e com um Impacto neutro no Clima”, acrescenta o vice-presidente.

O relatório de progresso da Declaração de Cidades Circulares, lançado pelo ICLEI - Local Governments for Sustainability, com o apoio da Fundação Ellen MacArthur, revela “os esforços que estão a ser feitos para a monitorização do progresso em matéria de circularidade, a nível local, na Europa” e conta com os exemplo de cidade como Praga, Copenhaga, Oslo, Helsínquia ou Paris, entre 40 signatários.

Das cidades participantes neste relatório, o Porto faz parte das 20 que apresentam uma visão de cidade circular, a implementar a curto e médio prazo.

O documento representa uma conclusão sobre como a economia circular se está a instalar nas áreas urbanas europeias, mas também como o processo pode ser acelerado, mobilizando e integrando, nesta transformação, todos os atores-chave da sociedade, residentes, autoridades municipais, governos nacionais e o setor privado.

A Declaração de Cidades Circulares sublinha o papel fundamental das cidades na transição para uma economia circular, uma vez que, enquanto lugares que concentram muitas pessoas, organizações e atividades, fomentam a inovação e têm um grande potencial de transformação social e do território, ao mesmo tempo que são grandes fontes de utilização de recursos e energia.