Ambiente

Porto integra lista global de 95 cidades que lideram na ação ambiental

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A cidade do Porto foi reconhecida pela organização não-governamental CDP como uma das 95 cidades em todo o mundo que está a assumir uma liderança ousada em ação e transparência ambiental, apesar das pressões contínuas da pandemia sobre as economias e sociedades locais e nacionais.

À semelhança do que sucedeu em 2020, o CDP voltou a incluir o Porto na lista A de cidades mundiais que se distinguiram em 2021 pela ação e transparência ambiental. O lote aumentou de 88 para 95 e inclui 26 cidades europeias.

Os critérios para integrar a lista A do CDP são apertados: as cidades devem divulgar publicamente e possuir um inventário de emissões, ter definido um objetivo de redução de emissões e um objetivo de energias renováveis para o futuro e ter publicado um plano de ação climática. Também têm de realizar uma avaliação completa de riscos e vulnerabilidade climática e ter um plano de adaptação climática para demonstrar como irão lidar com perigos climáticos.

O Porto tem, desde 2016, uma Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas (EMAAC), que preconiza 52 opções estratégicas que visam preparar gradualmente a cidade para absorver os impactos climáticos, adaptar-se e retroagir para assim reduzir a exposição dos seus cidadãos aos efeitos das alterações climáticas. Esse plano está em implementação desde então pelos vários atores envolvidos e várias das medidas foram integradas no novo Plano Diretor Municipal, que entrou em vigor em 2021.

Entre outras medidas, o Município do Porto tem vindo a proceder ao aumento da superfície permeável da cidade, reabilitação de linhas de água e duplicação dos espaços verdes, favorecendo o efeito de cidade-esponja, que está assim melhor preparada para lidar com efeitos de fenómenos meteorológicos extremos.

Está também em curso o desenvolvimento do Índice Ambiental do Porto, destinado a incentivar os promotores de projetos de recuperação, reabilitação e construção a potenciar o uso de soluções de base natural nos projetos. Este Índice, previsto no novo PDM, visa fomentar o aumento do conforto bioclimático dos edifícios da cidade e reduzir a vulnerabilidade dos mais frágeis a episódios climáticos extremos.

Na área da descarbonização, o Porto comprometeu-se com a meta de reduzir as emissões de carbono em 50% até 2030, mas o vice-presidente Filipe Araújo revelou em Assembleia Municipal que está a preparar uma proposta mais ambiciosa para levar a reunião de Executivo, ainda em 2021. Em 2019, o Porto havia já reduzido as emissões de gases com efeito de estufa em 46% em relação ao ano base (2004).

Filipe Araújo participou recentemente num painel organizado pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade no âmbito da COP26 (cimeira mundial do clima de Glasgow), no qual apresentou a visão e as iniciativas da cidade na área da economia circular, sob o mote “Porto, a city inpired by Nature”.

Para além do Porto, Braga é a única outra cidade portuguesa incluída na lista A pelo CDP.