Sociedade

Porto entre as cinco cidades com performance de topo na candidatura à EMA

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A candidatura portuguesa à Agência Europeia do Medicamento
(EMA) está entre as mais elegíveis, integrando o Porto o grupo das cinco
cidades "com uma performance de topo" em critérios fundamentais de seleção.
Esta é a síntese de um estudo apresentado esta manhã, no Palácio da Bolsa, pela
consultora Ernst & Young.


Depois de a Comissão Europeia ter garantido que a
candidatura portuguesa reúne os requisitos necessários, este estudo, pedido pela
Associação Comercial do Porto (ACP), vem reafirmar a capacidade de a cidade
sediar a EMA. Além do Porto, são identificadas como candidatas fortes
Amesterdão, Copenhaga, Viena e Estocolmo.


De forma objetiva e detalhada, foram avaliados seis
critérios de base: em quatro, o
Porto é um dos "top performers" e em dois surge no grupo imediatamente abaixo
(com "elevada qualidade/ very good quality"). Ao contrário das outras cidades,
destaca-se por manter uma "candidatura de equilíbrio", dado que "joga sempre
nos dois principais campeonatos" de avaliação, conforme explicou Hermano
Rodrigues, da Ernst & Young.


As características do edifício proposto para sede da EMA - e
o Porto apresentou três possibilidades, todas conformes aos requisitos da
Agência - a qualidade das acessibilidades, a integração social das famílias dos
funcionários, bem como a resposta em termos de educação, a distribuição
geográfica de agências internacionais e capacidade para assegurar o regular
funcionamento da EMA durante o período de transição são os seis critérios observados.


Ricardo Valente, vereador da Câmara do Porto e membro da
Comissão de Candidatura nacional, reforçou que o Porto "faz parte da primeira
liga europeia" neste "campeonato" de atração da Agência, que terá de abandonar
o Reino Unido devido ao Brexit.  


O responsável, que elogiou a transparência associada ao
processo de seleção da futura cidade da EMA - facto que põe "qualquer decisor
político com dificuldade em decidir por uma candidatura fraca" - informou que,
nos próximos dois dias, desloca-se a Bruxelas uma comitiva representativa do
que o Porto "tem de bom do ponto de vista do conhecimento e, sobretudo, na área
da saúde".


Já o presidente da Associação Comercial do Porto focou o
impacto que a Agência do Medicamento teria na cidade: criaria "cinco mil postos
de trabalhos diretos, receitas fiscais de cerca de 165 milhões de euros, 1.2
milhões de receita produzida. Estamos a falar de uma mudança de paradigma na
cidade", que já hoje é "fervilhante, competitiva, de inovação e cultura,
economicamente viável" - assinalou Nuno Botelho.


Como realçou Eurico Castro Alves, também elemento da
Comissão de Candidatura, termina agora a primeira fase do processo. Segue-se a
de comunicação de argumentos (no que se insere a visita a Bruxelas de forças da
cidade) e depois a fase de diplomacia. A cidade escolhida para acolher a EMA
será conhecida no dia 20 de novembro.

Visite o website da candidatura portuguesa.