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Plano Diretor Municipal com mais estratégias para enfrentar o futuro

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O vereador do Urbanismo, Espaço Público e Habitação participou ontem num dos debates da Semana de Reabilitação Urbana, a decorrer no Palácio da Bolsa, subordinado ao tema “Atração de investimento e licenciamento. Duas faces da mesma moeda”. Pedro Baganha preferiu centrar a sua alocução no Plano Diretor Municipal (PDM), afinal onde reside o futuro do Porto.

“Apesar de ser um plano de evolução na continuidade introduziu um conjunto de novas prioridades, novos conceitos e estratégias, abrindo um conjunto de pistas e intenções políticas que corporizam uma estratégia para o território”, começou por afirmar o vereador do Urbanismo.

Iniciado em 2015, amplamente participado, com a promoção de dezenas de sessões públicas, o PDM, aprovado em maio de 2021, tem como principais preocupações para o futuro as áreas do ambiente, com a valorização dos espaços verdes, e da habitação, na aposta no aumento da habitação disponível, passando pela revolução na mobilidade, valorização do património e economia.

“A dinâmica da reabilitação do Porto, nos últimos dez anos, foi de autêntica revolução, sobretudo no centro da cidade”, assumiu Pedro Baganha, acrescentando que ela está a expandir-se, agora, para novas zonas, como sejam os casos da parte mais oriental da baixa e Bonfim: “A discussão já não é o que se dizia há dez anos, mas ela foi bem concretizada”.

Territórios de futuro

A parte oriental da baixa será, para o vereador do Urbanismo, “um território de futuro”. “A Rua Sá da Bandeira será uma zona quente, com a abertura do renovado Mercado do Bolhão e, nos próximos tempos, do quarteirão D. João I, resultado de um contrato de reabilitação feito com a Porto Vivo, SRU”, disse.

Mas também a zona ocidental da cidade tem os seus projetos de reabilitação, nomeadamente a abertura da Avenida Nun’ Álvares, projetada há 70 anos. “Para aqui estão previstos mais de 175 mil m2 de construção. É uma oportunidade de futuro”, revelou Pedro Baganha, destacando ainda mais dois projetos, que vão alterar a matriz da freguesia de Ramalde: a nova sede da Liga Portugal e a futura academia da Associação de Futebol do Porto.

Já para a zona de Campanhã está prevista a elaboração de um plano de urbanização de todo o território circundante à estação de Campanhã, conjuntamente com a Infraestruturas de Portugal e a reboque do plano ferroviário anunciado recentemente pelo Governo. Na opinião do vereador do Urbanismo, “esta zona vai ficar irreconhecível no médio e longo prazo, reforçando as possibilidades de atração de novos investimentos”.

Seguiu-se um debate que contou também com as presenças do presidente do conselho de administração da Gaiurb, António Castro, do vice-presidente da Associação Portuguesa de Promotores e Investidores Imobiliários (APPII), Pedro Vicente, do diretor of business strategy & finance da Reify, do managing partner da Confidencial Imobiliário, Ricardo Guimarães, do CEO da Emerge - Mota-Engil Real Estate Developers, Vítor Pinho, e Paula Fernandes, presidente da RAR Imobiliária. O debate foi moderado por Claúdia Beirão Lopes, head of licensing & urban planning, Reify.