Cultura

Plano de segurança da Red Bull Air Race é um exemplo ao nível internacional

  • Notícia

    Notícia

A Red Bull Air Race é uma referência global em termos de
segurança. Este facto foi hoje realçado em conferência de imprensa de apresentação
do plano de proteção civil para a prova que vai decorrer no rio Douro, entre as margens
do Porto e de Vila Nova de Gaia, de 1 a 3 de setembro.


Organização, autarcas dos dois municípios e responsáveis das
várias forças de segurança e socorro quiseram deixar clara a mensagem: tudo está
a ser feito de modo a assegurar-se ao público as melhores condições para se assistir
à prova. Fernando Figueiredo, responsável da Red Bull Air Race, frisou mesmo
que o plano que está a ser preparado para Portugal "não é um exemplo nacional,
mas sim global". Com efeito, desde 2007 que o modelo de segurança que acompanha
este campeonato "é apresentado como um benchmark em fóruns internacionais",
modelar em termos de coordenação entre entidades.


Esta tarde, no encontro com a comunicação social, a Proteção
Civil, PSP, GNR, INEM e Autoridade Marítima foram o rosto de um plano preparado
ao detalhe, com mais de 40 entidades, que acompanha o evento com margens no
tempo (começa na véspera e passa de 3 de setembro) e no espaço (estará no cenário
da prova, nos aeródromos do Queimódromo e da Maia e nas vias de acesso às duas
cidades).


Num momento em que as agendas são tomadas pelo receio de
ataques terroristas, os principais responsáveis pelo evento deixaram uma
mensagem de tranquilidade. O presidente da Câmara do Porto salientou que pese
embora o facto de não ser possível responder por problemas transnacionais, como
é o caso dos atentados, a cidade "tem vindo a tomar um conjunto de medidas de
prevenção". Isto apesar de a segurança da população e dos territórios nacionais,
nesta dimensão, ser "uma competência do Estado".


Rui Moreira assinalou, de resto, a capacidade que o Porto e
a região têm manifestado no decurso de grandes eventos. E usou a expressão "hard
target" para mencionar manifestações que envolvem multidões, sempre com riscos
associados, que na cidade têm ocorrido sem incidentes: o que está agora a ser
realizado para a Red Bull Air Race, disse, foi já posto no terreno "no Fim de
Ano, no São João ou no 10 de Junho", sendo que nesses momentos e no quotidiano "as pessoas se têm sentido seguras".


Como frisou, "as pessoas podem vir assistir à prova com
tranquilidade", certas de que "houve um trabalho antecipado com a organização
do evento", que envolveu todas as forças de segurança. "Tomámos todas as
medidas consideradas necessárias" e os municípios envolvidos "não pouparam
meios" para irem de encontro às expectativas e preocupações das populações.

O presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, corroborou estas
afirmações: "Estamos de tal maneira articulados que nem faz sentido estar a
repetir o que já foi dito". "Estamos todos muito empenhados para que tudo corra bem", reiterou, lembrando que "situações desta magnitude" não são uma novidade para os dois municípios.

Rui Moreira contou ainda que foi preparada na Casa do Roseiral uma área reservada aos espectadores com mobilidade reduzida.

Alguns dados sobre o
plano de segurança:


- O Comando Distrital da Proteção Civil, envolvendo várias
corporações de bombeiros, estará no terreno com mais de 420 elementos.
Implementou cinco setores de socorro. Conta com o apoio de mais de 100
voluntários do Corpo Nacional de Escutas.


- O INEM montou um dispositivo formado por 22 viaturas e 168
operacionais. Terá 3 postos médicos avançados e várias equipas de suporte
imediato de vida, suporte avançado e intervenção psicológica.


- Autoridade Marítima e Marinha garantem segurança no rio
Douro com 18 meios náuticos (embarcações semirrígidas e motos de água) e largas
dezenas de elementos (em água e terra), incluindo equipas de mergulho. Conta
com 2 cais de emergência.


- PSP e GNR garantem segurança nas respetivas áreas territoriais;
a primeira força nas cidades e a segunda nas vias de acesso a Porto e Gaia e no
Aeródromo Vilar de Luz (Maia).


 


A informação disponibilizada, saliente-se, não remete
para a total amplitude do plano estabelecido para o evento, e muito menos para
pormenores (seja estratégicos, seja de números de meios humanos envolvidos)
que, sendo divulgados, "aí sim, poderiam pôr em causa" a segurança, conforme
destacou Rui Moreira.