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Plano de requalificação da Estrada da Circunvalação pode passar por fundos comunitários

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Filipa Brito

O projeto de requalificação da Estrada da Circunvalação, datado de 2017, esteve hoje em debate no Conselho Metropolitano do Porto. A solução pode passar, segundo os autarcas, pelo novo quadro de fundos europeus PT2030. Ainda assim, recordou o presidente da Câmara do Porto, "no âmbito da descentralização, a Infraestruturas de Portugal (IP) falou com os municípios que têm a Circunvalação, mas para passar essa competência tinha que vir algum cheque".

"O valor que queria mandar eram umas dezenas de milhares de euros", criticou Rui Moreira, citado pela agência Lusa, considerando que "não foi por negligência dos municípios" que o plano estratégico de 2017 não avançou.

Já o presidente do Conselho revelou que o novo modelo "passa por ser rodovia sobretudo para peões, onde passam carros de forma muito regrada", sendo objetivo da Área Metropolitana do Porto (AMP) ter, aplicando o conceito, "alguma forma de financiamento" que permita a requalificação da estrada, que atravessa os concelhos de Porto, Matosinhos, Maia e Gondomar. "Se, por alguma razão, houver aqui algum dinheiro que sobre do PRR ou do PT2020 ele será bem-vindo", acrescentou Eduardo Vitor Rodrigues.

Outra reivindicação antiga e também discutida pelo Conselho Metropolitano do Porto foi a relativa ao tráfego de camiões na Via de Cintura Interna (VCI) e aos pórticos de portagens nas autoestradas A4 e na A41, tendo Rui Moreira defendido que é um tema que os autarcas deviam "recuperar, falando com o Governo". "Se temos uma agenda - e todos nós temos uma agenda - de descarbonização, não é razoável que estejamos a fazer todo este investimento em termos de descarbonização e, ao mesmo tempo, se continue a ter este drama instalado todos os dias, a todas as horas, na VCI", frisou.

O autarca portuense salientou, no entanto, que "não é apenas na VCI" que o trânsito se gera envolvendo os camiões, mas também "nas aproximações norte e sul à cidade do Porto, e em todas as travessias". "O porto de Leixões tem uma via dedicada", que "não é mais utilizada exatamente porque há um problema na colocação de pórticos e um problema de portagens", apontou.

Rui Moreira recordou que o Porto, Maia e Matosinhos e a IP "tiveram um conjunto de reuniões" acerca do tema da alteração dos pórticos de portagens, que "não foi para a frente" porque o município de Matosinhos "desinteressou-se" sobre o assunto.