Proteção Civil

Plano de contingência para a vaga de frio está a dar resposta aos pedidos de apoio e vai permanecer ativo

  • Isabel Moreira da Silva

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Ao sétimo dia em vigor do Plano de Contingência para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, a Câmara do Porto apresenta um balanço da ação. As respostas reforçadas revelam-se adequadas às necessidades e ainda há vagas disponíveis nas estruturas de acolhimento de emergência provisório, onde estão 23 pessoas. Os restaurantes solidários garantem o fornecimento de refeições e as equipas de rua continuam a acompanhar as pessoas que se recusam a sair da rua, assegurando alimentação, cobertores e bebidas quentes, no período noturno. Na última noite, pernoitaram 21 pessoas na Estação de Metro dos Aliados.

Até o termómetro teimar em não subir mais alguns graus centígrados, o Plano de Contingência para Pessoas em Situação de Sem-Abrigo, acionado pela Câmara do Porto no passado dia 30 de dezembro, permanecerá ativo, informa hoje o Município.

Sob coordenação da autarquia, o plano que conta com o envolvimento do Núcleo de Planeamento e Intervenção Sem-Abrigo (NPISA) Porto já garantiu resposta a mais de 40 pessoas em situação de sem-abrigo, que aceitaram uma das soluções apresentadas pela Proteção Civil Municipal e pelas equipas de rua multidisciplinares. Atualmente, estão 23 pessoas em estruturas de acolhimento provisório.

Nas instalações do antigo hospital Joaquim Urbano, onde a Câmara tem em funcionamento um Centro de Acolhimento de Emergência, e onde está localizado um dos três restaurantes solidários da cidade, estão neste momento 20 pessoas que aceitaram o apoio municipal, e todas elas foram previamente testadas à Covid-19. A capacidade de resposta do equipamento é superior, havendo ainda vagas disponíveis.

O Município dá igualmente nota de que no Centro de Campanhã dos Albergues Noturnos do Porto estão três pessoas. Também nesta resposta, as vagas disponíveis ainda não foram totalmente preenchidas, embora a margem seja relativamente menor do que a do Centro de Acolhimento de Emergência de Joaquim Urbano.

Além destas duas estruturas de acolhimento provisório, a Câmara do Porto informa que o Centro de Alojamento Social (CAS) da Segurança Social tem uma vaga disponível.

“Neste momento ainda há vagas, pelo que qualquer encaminhamento pode ser contactada a equipa do NPISA Porto do Departamento da Coesão Social da Câmara. Continuaremos a garantir o teste prévio à entrada por recursos próprios ou recorrendo aos ACES [Agrupamento de Centros de Saúde]”, informa o vereador da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, coordenador do NPISA Porto.

Estação do Metro dos Aliados acolhe em média 18 pessoas por noite

Desde que abriu portas no dia 1 de janeiro, entre as 21 e as 08 horas, a Estação do Metro dos Aliados tem recebido cerca de 18 pessoas por noite. Ao quarto dia, ou seja, na última noite, pernoitaram no local 21 pessoas.

Algumas das pessoas vão ter à estação de metro sozinhas e outras utilizam o transporte das equipas que fazem as duas rotas definidas diariamente (a da Baixa e a da Boavista), conforme prevê o Plano de Contingência para a vaga de frio.

A Proteção Civil Municipal e o Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto asseguram diariamente a operacionalização desta estrutura e respetivo transporte, bem como os cobertores para dormir e a descontaminação do espaço. O restaurante solidário de Joaquim Urbano, por seu turno, fornece os jantares, sob a coordenação no local do Departamento Municipal de Coesão Social.

Também uma equipa do Coração na Rua tem estado diariamente na estação de metro, com mais cobertores, bebidas quentes e comida, além de uma equipa da Médicos do Mundo que, no local, tem prestado apoio médico para análise de sintomas e cuidados necessários.

Ainda assim, o Município contabiliza mais de 40 pessoas que recusaram, até ao momento, deslocar-se para uma das estruturas de acolhimento provisório. No entanto, todas elas estão monitorizadas pelas equipas de rua multidisciplinares, que lhes prestam todo o apoio ao nível de agasalhos e refeições quentes.