Cultura

Pianista Filipe Pinto-Ribeiro estreia-se hoje na Filarmonia de Varsóvia

  • Notícia

    Notícia

#Oficial_filipe_pinto_ribeiro.jpg

O pianista Filipe Pinto-Ribeiro estreia-se hoje a solo na Filarmonia Nacional de Varsóvia, na Polónia, uma das mais prestigiadas salas europeias e que esgotou já há vários dias a lotação para este recital do músico nascido no Porto.

Intitulado "As Estações na Música para Piano" e inspirado pelo último álbum a solo gravado por Filipe Pinto-Ribeiro, o qual que tem recebido grandes elogios da crítica nacional e internacional, o recital tem um programa de que fazem parte as obras principais para piano de Tchaikovsky e Mussorgsky, respetivamente "As Estações" e "Quadros de uma Exposição". Inclui também as estreias na Polónia de "Quatro Estações de Buenos Aires", de Astor Piazzolla, na nova versão composta por Marcelo Nisinman para Filipe Pinto-Ribeiro, e de "Quatro Últimas Estações de Lisboa", dedicadas por Eurico Carrapatoso ao pianista.

O convite para o recital na Filarmonia Nacional de Varsóvia seguiu-se ao sucesso dos recitais de piano que Filipe Pinto-Ribeiro realizou na Polónia em outubro de 2018, no Palácio Real de Varsóvia e no 10.º Festival Internacional de Piano de Cracóvia.

O pianista do Porto avançou entretanto à agência Lusa que pretende com este recital colocar em diálogo "a portugalidade de Carrapatoso, o novo tango argentino de Piazzolla e o romantismo russo de Tchaikovsky", ou seja, três ciclos de "estações", "três linguagens, três mundividências e três países que se cruzam" em três diferentes séculos (XXI, XX e XIX).

À múltipla trilogia, o pianista pretende associar as suas raízes portuguesas e uma dimensão que o "tem levado por esse mundo fora", a começar pelos tempos em que fez o doutoramento no Conservatório Tchaikovsky, de Moscovo.

Sobre "As Estações" do compositor russo, Filipe Pinto-Ribeiro apontou-as como "uma obra extraordinária, de grande exigência técnica e conceptual", acrescentando que "foi o primeiro grande ciclo que gravei, em 2000, após profunda investigação, quando estava a estudar em Moscovo, e espero que, prosseguindo a excelente repercussão que obtive nos meus recitais anteriores em França e nos Estados Unidos, corresponda às expectativas do público e da crítica polaca".

Filipe Pinto-Ribeiro, que fundou e dirige artisticamente o DSCH - Schostakovich Ensemble, sediado em Lisboa, é também diretor artístico do Festival e Academia "Verão Clássico", que fundou no Centro Cultural de Belém. Desenvolve intensa atividade solística e camerística, abrangendo um repertório vasto desde o período Barroco à atualidade, e realiza frequentemente concertos como solista, com orquestras e agrupamentos de câmara. Entre os músicos com quem tem trabalhado, contam-se grandes intérpretes como Renaud Capuçon, Gary Hoffman, Gérard Caussé, Michel Portal e José Van Dam, além da compositora russa Sofia Gubaidulina.