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PCP também cita números da TAP

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Porto.

O PCP do Porto defendeu ontem a reversão da privatização da TAP e acusou a empresa de "ignorar as elevadas taxas de ocupação média" das quatro ligações que decidiu suspender no aeroporto Francisco Sá Carneiro, citando o Portal de Notícias do Porto, que aqui avançou os números na passada quarta-feira.

"Os voos suprimidos pela TAP no Porto reforçam necessidade de reverter privatização", defendeu, em comunicado, a Direção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP.

Para os comunistas, "poucos meses após a concretização da privatização da TAP, já é possível confirmar que este foi mais um negócio profundamente lesivo do erário público e dos interesses das populações servidas pela companhia aérea nacional".

Prova disso, diz o PCP, é a anunciada "supressão de quatro ligações no Aeroporto do Porto" e a "perda de cerca de 190 mil passageiros na região".

"Esta supressão de voos tem como justificação uma clara opção política dos novos donos da TAP, nada tendo a ver com a necessidade de rentabilizar recursos da empresa, facto que justifica, aliás, a forma como foram ignoradas as elevadas taxas de ocupação médias dos voos em causa", sustenta o PCP.

Por isso, a DORP do PCP "junta-se à denúncia pública em curso dos efeitos nefastos da privatização decidida pelo anterior do governo PSD/CDS".

Para além disso, reafirma "a exigência de que o Governo reverta, o mais depressa possível, a privatização da TAP, abrindo caminho a uma política radicalmente diferente, que apoie a TAP em vez de a destruir".

Os deputados do círculo do Porto do PSD também anunciaram na quinta-feira que solicitaram uma reunião com a administração da transportadora aérea da TAP para discutir a anunciada supressão de quatro voos com partida do aeroporto do Porto em março, citando igualmente o artigo publicado em www.porto.pt.

Rui Moreira deu nesse dia uma entrevista à RTP.

Esta manhã, o Governo anunciou que recomprou 11% do capital da companhia aérea, ficando com 50% da empresa, mas mantendo a gestão privada.