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Parque das Fontainhas/Carquejeiras nascerá para estabilização e resiliência no Poço das Patas

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O Executivo municipal vota, na próxima segunda-feira, a aquisição da denominada “Ilha dos Moinhos” de forma a poder intervir na ribeira do Poço das Patas, que atravessa a zona. Solução para problemas de estabilização e para garantir a resiliência do troço de água passará pela criação do futuro Parque das Fontainhas/Carquejeiras, previsto dentro da Operação de Reabilitação Urbana de Campanhã.

A necessidade de intervenção decorre de episódios, cada vez mais frequentes, de inundações e derrocadas com origem no troço da ribeira Poço das Patas, que se encontra entubada.

A proposta a discussão explica que o “perfil muito irregular [no troço entre o Largo Baltazar Guedes e a Avenida Gustavo Eiffel] conduz a elevadas velocidades de escoamento com concomitante desgaste das superfícies, bem como de desmoronamentos, ao que acresce a falta de condições de segurança para assegurar a devida exploração e manutenção”.

No ano passado, foram identificadas, pela Proteção Civil, “anomalias estruturais relevantes” na galeria do troço sob a “Ilha dos Moinhos”, sendo “impossível prever uma eventual rotura”. Acresce, ainda, “o risco da água que extravasa a galeria “minar” as fundações das construções envolventes”.

Por esse motivo, e para que seja possível proceder à adaptação e aumento da resiliência da ribeira do Poço das Patas, através de medidas de estabilização da infraestrutura e de dissipação de energia, impôs-se, ao Município, “a necessidade de proceder ao realojamento urgente dos ocupantes”.

O valor da aquisição da “Ilha dos Moinhos” está orçado no montante de 900 mil euros e deverá ser remetido para apreciação da Assembleia Municipal.

Cerca de 33% da área do imóvel está qualificada como área verde de fruição coletiva, estando previsto, no Plano Diretor Municipal, a criação, naquele espaço, do Parque das Fontainhas / Carquejeiras.

A intervenção procurará a “promoção das condições de vida e de bem-estar da população, reforçando a atratividade residencial e criando as condições para a recuperação demográfica da cidade; assim como a garantia da qualidade ambiental, promovendo um modelo de desenvolvimento urbano sustentável”.

Atualização: a proposta foi aprovada por unanimidade.