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Parque Central da Asprela será novo espaço verde de referência na cidade

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Miguel Nogueira

O Parque Central da Asprela vai nascer entre faculdades, linha de Metro e centros de investigação. O projeto, liderado pela Câmara do Porto, define como prioridade o controlo hidrográfico da Ribeira da Asprela, harmonizando-a com o espaço verde circundante. A obra deverá estar concluída em 2020 e corresponde a um investimento global no valor de 1,9 milhões de euros.

Com esta intervenção, será devolvida à população a utilização e fruição de um espaço natural verde que permitirá tirar partido da Ribeira da Asprela, que hoje não tem condições de ser desfrutado.

O enquadramento dos recursos hídricos é, de resto, o cerne do projeto do futuro Parque, que prevê a criação de espelhos de água, que vão interligar-se às estruturas verdes e aos percursos pedonais (também acessíveis a pessoas com mobilidade reduzida) e cicláveis.

Como resultado, vai constituir-se uma zona de boa drenagem hídrica, que reduzirá significativamente a ocorrência de cheias e de inundações através da estabilização dos leitos e de margens, apostando-se também na regularização fluvial da Ribeira da Asprela. De igual forma, o projeto quer consolidar a estrutura verde do local, estimuladora da permeabilidade do solo e mitigadora dos problemas desencadeados pelas alterações climáticas.

Aliás, graças a este desígnio, o futuro Parque Central da Asprela obteve o financiamento do Fundo Ambiental do Ministério do Ambiente, no valor de um milhão de euros, relativo à temática "Adaptação às Alterações Climática - Recursos Hídricos".

Uma vez finalizado o projeto, o Parque Central da Asprela resultará num conjunto espacial simultaneamente uno e diverso, harmoniosamente ligado pela estrutura verde, pela rede de caminhos e pela presença da água, contribuindo ainda para o aumento da biodiversidade florística e faunística, num meio marcadamente urbano.

O valor global estimado para a empreitada é de 1,9 milhões de euros, sendo que o montante remanescente (cerca de 900 mil euros) será suportado pelos três parceiros do Município: Universidade do Porto, Politécnico do Porto e empresa municipal Águas do Porto.

Na assinatura do protocolo com o Ministério do Ambiente, que decorreu esta sexta-feira em Vila Real, o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, também vereador do Ambiente e da Inovação, salientou que tem a certeza "de que a população irá aderir massivamente ao novo Parque", até porque "há dezenas de milhares de pessoas que por lá passam diariamente".

Com efeito, a área a ser intervencionada insere-se no Porto Innovation District - espaço de promoção da inovação e do empreendedorismo na cidade - que inclui diversos espaços e faculdades da Universidade do Porto, várias escolas do Politécnico do Porto, institutos de investigação e hospitais (Hospital de S. João e IPO).

A obra estará no terreno no próximo ano e prevê-se a sua conclusão para 2020.