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País deve ir ao mar por “mais riqueza, emprego, sustentabilidade e coesão social”

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A relação do país e da cidade com o mar, a sua potencialidade económica, a necessidade de proteção do ambiente marinho e o crescendo da investigação científica são alguns do temas que se debatem, esta sexta-feira, na Reitoria da Universidade do Porto (U.Porto). Inserido nas comemorações do Dia da Marinha, que a cidade recebe até domingo, a U.Porto e a Marinha Portuguesa organiza o colóquio “O Mar: Tradições e Desafios”.

“Há que saber converter em mais riqueza, emprego, sustentabilidade e coesão social aquela que é uma das maiores zonas económicas exclusivas da Europa”, afirmou o vice-presidente da Câmara do Porto, na abertura dos trabalhos.

Consciente de que “há um subaproveitamento das potencialidades do mar português, quer ambientais quer económicas”, Filipe Araújo defende que “Portugal tem de estar na linha da frente da proteção do ambiente marinho e na sua exploração economicamente sustentável”.

Por isso, o vice-presidente da autarquia portuense insta o país a mudar o modelo de desenvolvimento da economia do mar, “uma mudança que permita tornar mais competitivas as atividades marítimas tradicionais e, ao mesmo tempo, acelerar o crescimento de atividades de maior valor acrescentado e intensidade de inovação”.

E, neste ponto, onde o foco deve estar em atividades como a aquacultura, as energias renováveis, a biotecnologia azul, a produção de algas, as telecomunicações submarinas ou os veículos marítimos não tripulados, Filipe Araújo considera essenciais os papéis desempenhados – de forma conjunta – pelos municípios do litoral, pela Academia, pela Marinha Portuguesa e pelo tecido empresarial.

Participaram, também, no colóquio “O Mar: Tradições e Desafios” o reitor da Universidade do Porto, António Sousa Pereira, e o chefe do Estado-Maior da Armada, almirante Gouveia e Melo.