Ambiente

Ordem dos Engenheiros Região Norte promove debate sobre a sustentabilidade das cidades

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A Ordem dos Engenheiros da Região Norte (OERN) desafiou responsáveis de diferentes áreas para pensar e debater a sustentabilidade das cidades. Entre os oradores convidados esteve o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, que se juntou a uma mesa redonda, inserida no programa da conferência Sustainability4Cities, na tarde desta quinta-feira.

À conversa com Rui Fernandes, do Grupo Super Bock, Paula Paz Dias Ferreira, da MysticInvest Holding, e Cristina Amorim, do Grupo Amorim, sob o tema “Inovação e Descarbonização”, Filipe Araújo, que assume o Pelouro do Ambiente e Transição Climática, reforçou a certeza de que o Município do Porto está no caminho certo para alcançar a neutralidade carbónica, tal como preconizado no Pacto do Porto para o Clima.

“O Pacto permite uma visão mais concreta das ações em curso na cidade e na área de influência das organizações envolvidas, permitindo-nos alavancar a nossa atividade conjunta e aumentar a partilha de ações inspiradoras, liderando pelo exemplo”, afirmou o vice-presidente da Câmara, sublinhando “o sucesso na redução das emissões depende de ações de âmbito municipal e nacional, bem como da mobilização das organizações e dos cidadãos”.

A título demonstrativo, Filipe Araújo referiu a importância de ações que o Município tem concretizado, como a aquisição de energia elétrica de origem renovável certificada para todos os usos municipais, a substituição integral da iluminação pública para 100% lâmpadas LED ou a instalação de painéis fotovoltaicos nas coberturas de edifícios municipais.

A propósito desta última, o responsável pela transição climática na autarquia lembrou como o Município tem já o financiamento do EEA Grants, com o qual está a criar a primeira Comunidade de Energia Renovável no Bairro Agra do Amial, em 181 fogos e na escola básica.

“Neste momento”, acrescentou Filipe Araújo, “estamos a produzir energia que está toda a ser injetada na rede porque ainda não temos a licença que nos permite iniciar o funcionamento da comunidade energética”. O objetivo é que a iniciativa possa vir a influenciar outras organizações na criação de novas Comunidades de Energia Renovável, contribuindo para a descarbonização do parque edificado.

Ao longo da tarde, a Sustainability4Cities promoveu a partilha de diversas medidas concretizadas nos múltiplos setores de atividade dos participantes. Exemplos como a produção de energia descentralizada de base solar, a utilização da cortiça como matéria-prima com uma pegada carbónica negativa, a descarbonização da indústria do transporte turístico marítimo ou a promoção da economia local sustentável foram exemplos concretos de ações presentes rumo à neutralidade carbónica.