Urbanismo

Open House Porto volta a abrir portas a espaços arquitetónicos da cidade

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Miguel Nogueira

O Open House Porto está de regresso, este fim de semana (dias 1 e 2 de julho), com 52 espaços disponíveis para visita, num roteiro pelas quatro cidades parceiras – Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos e Maia. Caso único no mundo em que quatro municípios se unem para o evento enquanto um só território. A 8.ª edição conta com organização e produção da Casa da Arquitectura (CA) - Centro Português de Arquitectura e tem, este ano, curadoria de Pedro Baía e Magda Seifert, sob o tema dos "novíssimos na arquitetura".

O tema é inspirado no texto de 1959 da autoria de Nuno Portas, intitulado "A responsabilidade de uma novíssima geração no movimento moderno em Portugal", a partir do qual o arquiteto se dirige aos seus colegas recém-chegados à atividade profissional, propondo "o interrogar de uma novíssima geração, não só nas suas ideias e intenções, mas sobretudo nas suas obras".

O roteiro é, como habitualmente, acompanhado pelos Programas Caleidoscópio e Plus, que propõem um conjunto de atividades abertas e destinadas a todos os públicos. Todas as visitas e atividades são, como habitualmente, gratuitas. Cada participante poderá criar um itinerário à sua medida, explorando a arquitetura e a cidade através de um novo olhar.

No caso do Porto são 24 os espaços disponíveis para visitar. Entre eles, a Câmara Municipal (visitas acompanhadas, ao máximo de 15 pessoas/visita, no sábado e domingo, entre as 10h00 e as 18h00), Mercado do Bolhão (com visitas acompanhadas, entre as 10h00 e as 16h00, e comentadas, pelos arquitetos Rita Machado Lima, sábado, às 11h00, e Nuno Valentim, também no sábado, às 17h00), Batalha Centro de Cinema (até ao máximo de 20 pessoas, com visita acompanhada, no sábado, às 13h00, e comentada, pelos arquitetos Alexandre Alves Costa e Sergio Fernandez, às 10h00, e equipa do Batalha, às 11h00 e 12h00, no mesmo dia) e Terminal Intermodal de Campanhã (até ao máximo de 20 pessoas, com visitas acompanhadas no sábado, das 11h00 às 17h00, e no domingo, das 10h00 às 16h00. Haverá também uma visita comentada, no sábado, às 10h00, pelo arquiteto Nuno Brandão Costa).

Três linhas de seleção de obras arquitetónicas

O formato do Open House Porto apresenta, este ano, um conjunto de obras a visitar segundo três linhas de seleção: "novíssimos", "novos novíssimos" e "novíssimas obras".

Os "novíssimos" são revisitados a partir de uma seleção de obras, hoje reconhecidas e celebradas, que foram na sua época projetadas por arquitetos que estavam no início do seu percurso, como a Casa de Chá em Matosinhos pelo então novíssimo Álvaro Siza, a Escola do Cedro em Vila Nova de Gaia pelo jovem arquiteto Fernando Távora, ou ainda a Casa Ângelo de Sousa no Porto por José Pulido Valente, com apenas 26 anos.

Os "novos novíssimos" são revelados através de uma seleção das mais recentes obras da autoria de uma novíssima geração de arquitetos nascidos após 1983, hoje com menos de 40 anos de idade, como o Atelier Local, os Depa Architects, o Fala Atelier ou os Fahr 021.3.

O termo "novíssimo" serve ainda de pretexto para descobrirmos algumas das mais interessantes e "novíssimas obras" concluídas nos últimos cinco anos, como a reabilitação do Mercado do Bolhão por Nuno Valentim e Rita Machado Lima, o projeto para o Terminal Intermodal de Campanhã de Nuno Brandão Costa, as novas instalações da ESAP por Fátima Fernandes e Michele Cannatà ou o projeto da Casa Submarino de Ivo Poças Martins.

O Open House Porto está integrado no Open House Worldwide, um evento internacional de promoção da arquitetura e património edificado, criado em Londres em 1992 por Victoria Thornton. Com mais de 20 anos de história, este evento estende-se, atualmente, a mais de 50 cidades em todo o mundo.

Descubra o roteiro desta 8.ª edição aqui.