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“Olha a Quina e o Bino!” Atores da TVI gravam “Festa é Festa” no Mercado do Bolhão

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“Ai o Mercado do Bolhão, que emoção!”, grita Maria Rueff ao entrar pelo edifício e percorrer as várias bancas de frescos, na tarde da última quarta-feira. Podia ser um momento da vida real, pela autenticidade da alegria a que a atriz habituou o público, mas, desta vez, é uma cena da telenovela “Festa é Festa”. Atores da TVI estiveram no Porto para gravar alguns momentos da produção, recentemente reconhecida nos Venice TV Awards 2022.

Afinal, quem tinha o “sonho de conhecer o Bolhão” era Quina, a personagem interpretada por Maria Rueff, que trouxe uma comitiva atrás de si até ao Porto: Pedro Alves, Pedro Teixeira, Ana Guiomar e Ana Marta Contente. Ou melhor, Bino, Tomé, Aida e Betinha. É assim que as várias pessoas os reconhecem, entre os corredores do mercado. “Gosto muito de o ver. Não perco uma”.

Sem querer revelar pormenores da história que vão contar no Porto, Ana Guiomar partilha apenas que “a Quina passa-se com o peixe fresco do Bolhão”. “Há uma história que é muito engraçada”, admite, acrescentando que a sua Aida, dona da loja da Aldeia da Bela Vida, “leva alguma ‘produtagem’ gourmet, já tirei ideias”.

A equipa de produção do “Festa é Festa” gravou também na estação de S. Bento, na Ribeira e na Rua de Santa Catarina. “O carinho que levamos daqui e a autenticidade das pessoas e a espontaneidade é incrível”, confessa Ana Guiomar, ainda que sem surpresa pelo “aconchego”. A atriz reconhece que “quem faz espetáculos no Porto, que é o meu caso, sabe perfeitamente que este público é muito especial, muito caloroso, e que consome muito o que é nosso, do que o teatro e a televisão lhes dão”.

Casado com Ana Guiomar na ficção da TVI, Pedro Teixeira sublinha o mesmo “carinho” na receção que tiveram na cidade, tanto que, lança, “eu vinha cá gravar todos os dias”. Aos corredores do Bolhão trouxeram “a melhor festa” e, “acima de tudo, alegria”.

“Sabíamos que vínhamos para cá, para uma terra onde as pessoas têm o coração na boca, e que íamos ser muito bem recebidos”, assume o ator, que interpreta o Tomé Trindade. Mais do que para a ficção, para a vida real levam do Mercado do Bolhão “muito amor. É isso que as pessoas do Porto nos têm passado”.

O ator considera que o mercado renovado “está muito bonito” até porque a vida ali é real: “Estão cá as pessoas”.

O pregão do carinho que ecoa nos corações

Outra figura recebida em êxtase por vendedores e clientes no Mercado do Bolhão foi Cristina Ferreira. A diretora de Entretenimento e Ficção da TVI, e responsável pela ideia original da telenovela, acompanhou as gravações do “Festa é Festa” no Porto.

“Acho que estas personagens encaixam na perfeição na cidade, naquilo que é a tradição. Por algum motivo também estamos aqui no renovado Bolhão, que é um bocadinho um mundo dentro do Porto. Estamos muito felizes por isso”, afirma a também apresentadora.

Cristina Ferreira acredita que os portuenses se vão “orgulhar da forma como o “Festa” veio à cidade e de como vai mostrar um bocadinho mais daquilo que é o vosso sol, a vossa luz, a vossa Ribeira, o Mercado, o Porto em si”.

Sobre o renovado Bolhão, a diretora do canal sublinha que “o Porto tem que estar mesmo muito feliz por esta conquista”. “Não é só para os turistas, é para nós, para todos percebermos que isto é nosso, que existe e que o devemos visitar”, acrescenta.

Cristina Ferreira acredita que o “Festa é Festa” vir gravar ao Mercado do Bolhão é “um dia especial” para quem ali trabalha, porque “estamos a dar-lhes importância, estamos a dizer que quem vem aqui tem que estar com eles”. Mas é especial também para a equipa que leva “esta alegria, esta vida que há aqui em cada bancada, em cada pessoa”. Pregões também? “Eu já falo alto e tenho os meus pregões, mas eles têm os seus, muito próprios, e é essa voz, essa vida, esse grito que ecoa nos nossos corações”, reforça.

Lugar de afetos, o mercado não se coibiu de “encher” a apresentadora e os atores de beijos, abraços e muitas selfies. Para Cristina Ferreira, esses são momentos que “nos fazem sentir amados”. “Quando estas pessoas fecham aqui a porta e vão para casa, e ligam a televisão, somos nós que lá estamos”, lembra.