O teatro também pode ser uma exposição como a que hoje é inaugurada
Notícia

Inaugura hoje, às 17 horas, na Casa do Infante, a exposição "O Palco e a Cidade, Teatro do Porto 1850-1950". A iniciativa da Câmara do Porto, que conta com a presença de Rui Moreira, é, acima de tudo, um percurso histórico possível, da atividade teatral na cidade do Porto no período que se desenrola entre 1850 e 1950, numa perspetiva essencialmente diacrónica.
A principal forma de diversão dos portuenses era o teatro existindo nessa época salas em número considerável. Estes espaços na cidade eram, geralmente, utilizados para diversos fins apresentando programas de teatro declamado ou lírico, teatro de revista, vaudevilles, mágicas e zarzuelas. Ecletismo era a palavra-chave.
O teatro declamado, de pendor bárdico, alternava entre os principais escritores portugueses e autores estrangeiros, representando as tendências literárias europeias da época.
No que ao teatro lírico diz respeito, o Porto foi local de visita de muitas companhias, sobretudo estrangeiras, com um reportório na língua original, que apresentaram óperas e operetas de autores tão variados como Gioacchino Rossini, Giuseppe Verdi, Georges Bizet. Nos programas estavam também incluídos compositores portugueses como Francisco de Sá Noronha, Ciríaco Cardoso e Alfredo Keil.
Um dos géneros mais populares desde os finais do século XIX foi a revista. Com um olhar crítico em relação aos costumes da aristocracia e da burguesia em plena ascensão.