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"O setor dos transportes num mundo em disrupção" conduz congresso rumo a soluções eficientes, competitivas e sustentáveis

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Profissionais da Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e outros especialistas do setor reuniram-se, esta sexta-feira, no Porto, para pensar "O setor dos transportes num mundo em disrupção". Na abertura do 22.º congresso, o presidente da Câmara expôs "algumas preocupações e anseios", ao mesmo tempo que reiterou "a disponibilidade do Município para colaborar na implementação de soluções logísticas eficientes, competitivas e, sobretudo, sustentáveis".

Para Rui Moreira, este é "um setor com forte influência na vida das pessoas, instituições e empresas desta cidade e um parceiro incontornável no esforço coletivo que temos de empreender por um futuro mais sustentável".

Crente de que "é possível mitigar a pegada carbónica da logística urbana sem penalizar a atividade económica das empresas de transportes", o presidente da Câmara do Porto sublinhou a necessidade de "encontrar, em conjunto, soluções inovadoras para regular a circulação, gerir as cargas e descargas, otimizar rotas de distribuição e promover o uso de veículos ecológicos".

Perante uma plateia de profissionais do transporte, Rui Moreira não deixou de frisar que o compromisso do Município é com "a melhoria da mobilidade urbana, da qualidade de vida e da sustentabilidade ambiental da cidade". Desta forma, garante, "continuaremos a proceder a uma fiscalização rigorosa do transporte rodoviário e, ao mesmo tempo, a sensibilizar para as vantagens da eficiência e sustentabilidade logística".

O presidente da Câmara reconhece, no entanto, a necessidade de "encontrar um ponto de equilíbrio" entre esta sustentabilidade, mitigando a pegada carbónica e prosseguindo com o compromisso assumido pelo Pacto do Porto para o Clima, e "os legítimos interesses dos transportadores, as expetativas dos consumidores e a competitividade da economia".

Assunto incontornável, o presidente da Câmara do Porto aproveitou o momento para relembrar a questão do congestionamento que é visível na Via de Cintura Interna (VCI) e que Rui Moreira atribui ao atravessamento de veículos pesados, que não consideram a Circular Regional Externa do Porto (CREP) como alternativa devido às portagens.

Referindo a recomendação do Município para que fosse proibido o "tráfego de veículos pesados na VCI, com exceção daqueles que se dirigissem à cidade do Porto para cargas e descargas", assegurando, em contrapartida, que estes "ficassem isentos de portagens na CREP", o presidente da Câmara reforça que, nada tendo mudado, "o transporte de mercadorias não pode continuar a ser duplamente penalizado".