Ambiente

O que são as ervas daninhas e como as controlar de forma biológica

  • Notícia

    Notícia

fib_controlar_ervas_.jpg

Filipa Brito

No novo episódio da série "Biodiversidade em casa", o convite passa por aprender a identificar os vários tipos de ervas daninhas e perceber como as controlar sem utilizar químicos, de forma a não prejudicar a biodiversidade dos nossos jardins.

Mas afinal, que ervas são estas, que tantas vezes perturbam as plantações das nossas hortas e jardins? Ora, o mais recente vídeo da equipa de Educação Ambiental da Câmara do Porto explica: trata-se, essencialmente, de plantas não desejadas no local onde nasceram. São também conhecidas por serem infestantes, ou seja, cuja a sementeira não foi intencional e que, por serem competitivas, podem ter um impacto negativo nas culturas.

No entanto, na realidade, estas ervas não são necessariamente más e podem, muitas vezes, ter uma função importante a cumprir na natureza.

No caso do dente-de-leão, por exemplo, a planta prepara o solo para outras, arejando-o e retendo alguns nutrientes, assim como outras podem também servir de abrigo e alimento para alguns animais.

Já no caso da junça ou da beldroega, podem ser utilizadas para diversas finalidades, nomeadamente na confeção de refeições saudáveis, repletas de vitaminas e ómega 3.

Por esse motivo, é necessário avaliar cuidadosamente, tendo em conta o local ocupado pelas ervas daninhas, de forma a perceber se constituem realmente um problema que dite a sua eliminação, caso contrário: “é deixar a natureza trazer a biodiversidade”.

No caso de considerar que tem mesmo de eliminar algumas destas infestantes, existem várias alternativas, que prometem causar o menor impacto possível no ambiente e nas culturas. A mais eficaz - e talvez a mais usada - é o arranque manual ou através do sacho. Neste caso, é importante arrancar a totalidade da planta, sem deixar partes da raiz para que esta não se possa voltar a desenvolver.

Também o empalhamento ou a cobertura vegetal, é uma forma preventiva de evitar que as ervas nasçam. Para isso, basta cobrir o solo não cultivado com uma camada generosa de matéria orgânica (folhas secas, relva, ou cascas de pinheiro) para evitar a passagem de luz e, assim, inibir o crescimento das ervas. Além disso, esta técnica permite proteger o solo da desidratação do verão e absorver o excesso de água dos dias de chuva.

Em qualquer dos casos, o importante é avaliar antes de as decidir eliminar, uma vez que estas plantas também promovem a biodiversidade nas nossas casas.

Para descobrir os restantes vídeos protagonizados pela equipa de Educação Ambiental do Município do Porto aceda ao YouTube do portal Porto. ou siga as hashtags#debinoculosnosofa, #historiascomambientedentro, #biodiversidadeemcasa, #atelierdaboavida, #ambientedescomplicado e #naturezaabrincar.