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O que pode ver no Batalha até ao fim da primeira temporada de programação

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O Batalha Centro de Cinema apresenta, em junho e julho, duas retrospetivas contemporâneas, uma dedicada ao cineasta luso-suíço Basil da Cunha e outra à palestiniana Annemarie Jacir, e uma retrospetiva de arquivo, focada na obra da sueca Mai Zetterling. Destaque ainda para os Novos Encontros do Cinema Português, um fórum de discussão que vai reunir os profissionais do cinema no Porto, e para o programa de Música e Performance.

Entre 3 e 17 de junho, é dedicada uma retrospetiva à obra de Basil da Cunha, com a presença do cineasta, e que inclui o seu mais recente filme, comissariado pelo Batalha. Premiado em Oberhausen, "2720" será apresentado em formato de filme-concerto.

Segue-se, de 8 de junho a 15 de julho, a primeira retrospetiva em Portugal dedicada a Mai Zetterling. A realizadora, atriz e argumentista firmou a sua assinatura na história do cinema, realizando, a partir dos anos 60, filmes ousados e transgressivos que permanecem atuais até aos dias de hoje.

De 22 de junho a 7 de julho, é apresentada a obra de Annemarie Jacir, um dos nomes da realização mais proeminentes do mundo árabe contemporâneo. A cineasta, que estará no Batalha, escreveu, realizou e produziu mais de 20 filmes e as suas três longas de ficção foram candidatas da Palestina ao Óscar e premiadas nos principais festivais de cinema.

Novos Encontros do Cinema Português

Apresentado entre 29 de junho e 16 de julho, o ciclo temático Contra-Fluxos reflete sobre a água enquanto ponte entre continentes e elemento central da história e da sociedade. O programa, com curadoria de Almudena Escobar López e Margarida Mendes, inclui obras de Mati Diop, Kevin Jerome Everson, Basma al-sharif, Sky Hopinka, Ephraim Asili, Miryam Charles, Rosa Barba e Laura Huertas Millán.

No âmbito do ciclo Luas Novas, dedicado a nomes emergentes do cinema português, é exibido "Simon Chama", de Marta Sousa Ribeiro (18 de junho), e a Constelação #2: El Dorado do ciclo Seleção Nacional — focada na problemática relação do cinema português com África — chega ao fim, com sessões a 7 e 21 de junho, a última das quais com a presença do cineasta João Botelho.

Nos dias 6 e 7 de junho, o Batalha acolhe os Novos Encontros do Cinema Português, um fórum de discussão em torno do cinema nacional que vai reunir no Porto os profissionais do setor.

A iniciativa — organizada pelo Centro de Cinema, a Fundação Calouste Gulbenkian e o Clube Português de Cinematografia/Cineclube do Porto — parte da Semana de Estudos sobre o Novo Cinema Português, que aconteceu no Batalha em 1967, para propor um novo encontro com quatro painéis de debate: Educação, Produção, Crítica e Distribuição e Exibição.

Em junho, nas Matinés do Cineclube, serão apresentados alguns dos filmes que integraram a programação dos Encontros de 1967 e que definiram o movimento do Cinema Novo. No mês seguinte, o programa dedica-se às primeiras realizadoras que o Cineclube do Porto programou.

Primeira temporada termina em festa

A primeira temporada do Batalha termina em festa com Oásis — programa anual que celebra a chegada à estação mais quente, com propostas multidisciplinares dedicadas ao verão e suas poéticas. Entre 19 e 22 de julho, são propostos filmes dentro e fora de portas — com sessões gratuitas, ao ar livre, na Praça da Batalha — e o filme-performance "Olho da Rua", de Jonathas de Andrade. Para os mais novos, além das Sessões para Famílias, o Batalha propõe o Mini Oásis. Apresentado entre 12 e 14 de julho, este programa apresenta um conjunto de filmes onde o sol, a praia e o calor estão sempre presentes.

No dia 1 de junho, é apresentada em estreia a performance "Workers in Song", que resulta de uma colaboração entre o artista visual James Richards e o compositor Billy Bultheel. Este trabalho junta som e imagem em movimento numa coreografia expandida, questionando a diferença entre o visível e o imaginário. O projeto é cocomissariado pelo centro de arte contemporânea WIELS, o Batalha Centro de Cinema, o Mudam Luxembourg — Musée d’Art Moderne Grand-Duc Jean e o KW Institute for Contemporary Art.

A 2 de julho, Rita Natálio apresenta "Spillovers", uma performance-filme que constrói uma releitura fabulada da icónica obra feminista "Lesbian peoples: material for a dictionary", escrita em 1976, por Monique Wittig e Sande Zeig.

Até 13 de agosto, o Foyer 1 e Sala-Filme acolhem a instalação “Escondidas na caverna que forjamos umas das outras”, de CAConrad com Alice dos Reis e Isadora Pedro Neves Marques.