Sociedade

O que está o Porto a fazer para dar qualidade de vida e felicidade às pessoas idosas

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Nas "I Jornadas Porto, Cidade Amiga das Pessoas Idosas" conheceram-se os vários projetos que concorrem para uma maior qualidade de vida, para a felicidade e para o sentimento de pertença das pessoas seniores. A iniciativa, que se realizou esta quinta-feira no Teatro Rivoli, contou com a participação do presidente da Câmara do Porto e de vereadores, que também exemplificaram como podem contribuir para este propósito conjunto, em cada uma das suas áreas.

Promovidas pelo Município, estas jornadas tiveram como objetivo revelar e envolver a cidade nos projetos que têm vindo a ser implementados no sentido de favorecer uma cidadania de qualidade às pessoas seniores, para "uma cidade mais inclusiva, mais igual, mais coesa, em que todos e todas contam e onde possam ser felizes", sintetizou na sessão de abertura o vereador da Coesão Social, Fernando Paulo, que deixou clara a intenção de fazer desta iniciativa "um fórum anual de encontro".

Na verdade, a ideia de "felicidade" no ato política é recente. Rui Moreira introduziu o conceito em 2013 e não se livrou "que sorrissem com escárnio", quando também falava que queria "uma cidade confortável e interessante", assinalou já durante a sessão de encerramento.

Acentuando esta como uma prioridade na governação do Executivo Municipal, as Jornadas focaram-se em dois temas, distribuídos por dois painéis: "Eu Pertenço a Um Lugar" e "Sou Feliz na Minha Cidade". Neles, participaram várias entidades e instituições da cidade, diretores e colaboradores do Município e ainda a vereadora da Juventude e Desporto, Catarina Araújo, a vereadora dos Transportes, Cristina Pimentel, e o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha.

No centro das conversas, a partilha de boas práticas, o trabalho de rede e a abordagem de programas municipais em curso como "Porto Amigo", "Aconchego", "Chave de Afetos", "Casa Partilhada" e "Porto. Importa-se", que concorrem para consolidar o espírito de comunidade, bem como os "O Porto é Lindo!", "Acessibilidade nos Transportes", "Quem Sou Eu?", "Rua Direita", "No Porto a Vida é Longa" e "Reforma e Agora?", todos eles relacionados com a ideia de ser feliz na própria cidade.

Esta, aliás, tinha sido um dos propósitos expressos pelo vereador Fernando Paulo, que confessou subsistirem dificuldades "em divulgar e criar rede com a informação que recebemos nas diferentes reuniões em que participamos". Para o também coordenador da Rede Social do Porto, que já abrange neste momento cerca de 250 instituições (públicas, privadas, solidárias e até pessoas individuais), faltava um evento agregador que - sem pretensão de se transformar "num grande seminário académico" - procurasse debelar aquelas dificuldades.

O contributo para "o envelhecimento ativo", numa geração em que a esperança média de vida está a crescer, é também uma forma de preparar a cidade para o futuro, considerou Rui Moreira, que destacou a adesão do Porto à rede mundial de Cidades Amigas das Pessoas Idosas e elogiou "o excelente trabalho, a dedicação e o empenho" de todas as entidades parceiras.

"A expansão do envelhecer não é um problema. É sim uma das maiores conquistas da humanidade. O que é necessário é traçarem-se políticas ajustadas ao envelhecer são, autónomo, ativo e plenamente integrado", disse o autarca, citando o antigo Secretário-Geral da ONU, Kofi Annan.

A primeira edição das jornadas "Porto, Cidade Amiga das Pessoas Idosas" contou com a participação e colaboração da Fundação Manuel António da Mota, Federação Académica do Porto - FAP, Santa Casa da Misericórdia do Porto, Junta de Freguesia do Bonfim, Teatro do Bolhão, Instituto Superior de Serviço Social, Teatro de Marionetas do Porto, entre outras entidades.