Cultura

"O Porto já pede a coleção Miró ao Governo há pelo menos dois anos", assegura Rui Moreira

  • Notícia

    Notícia

Rui Moreira afirmou hoje que a Câmara do Porto sempre
manifestou, a este e ao anterior Governo, interesse em albergar a coleção Miró,
pertencente ao Estado Português. A questão foi levantada no fim de semana pelo
ministro da cultura, em entrevista ao jornal Público, mas o presidente da
Câmara diz não haver dúvidas acerca dessa matéria. "O interesse de termos a
coleção no Porto foi manifestado ao anterior governo e aos dois ministros da
cultura do presente governo, bem como ao secretário de estado", frisou.


Moreira lembrou que, há cerca de dois anos, chegou a
suspender a venda do Palacete Pinto Leite, quando então um investidor privado
manifestou vontade em comprar a coleção e colocá-la em exposição permanente no
Porto. "Não sei se existe ainda interesse por parte desse investidor, mas isso
também já não interessa, uma vez que o Estado também já não quer vender", disse
hoje aos jornalistas, acrescentando "o que é importante é, finalmente, o
Governo dizer que quer a coleção no Porto. Nós também".


Sobre o local que poderá albergar a coleção, o autarca
assegura que a cidade tem outros espaços, além do palacete entretanto alienado,
que poderão acolher uma exposição permanente como aquela e revelou que irá
agora ser feita uma "avaliação técnica" sobre a dimensão e adequação dos espaços
existentes na cidade. "Imaginação não nos faltará", assegurou.


Contudo, não referiu qual o modelo em que isso poderá
acontecer. "Cabe ao Governo dizer-nos em que condições poderemos acolher a
exposição. O Governo prefere um modelo de museu nacional no Porto ou de um
museu municipal? É algo que teremos que avaliar nos próximos tempos", disse, aproveitando
a ocasião para saudar o Museu de Serralves, que a 30 de setembro, acolherá a
exposição "Joan Miró: Materialidade e metamorfose", nome da mostra
que, a partir das 84 obras do pintor catalão pertencentes ao Estado português, vai
ser inaugurada, com curadoria do historiador Robert Lubar Messeri.