Economia

O mercado que a cidade queria há 40 anos conta 365 dias de um coração restaurado

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365 dias, 5,5 milhões de visitas e sete prémios depois, o Bolhão está de portas abertas para sempre. No primeiro de dois dias de celebração, o presidente da Câmara do Porto mostra-se “muito contente” por, passado o “período de maturação para perceber como é que as pessoas iriam reagir ao novo mercado, que é o velho mercado mas com as conveniências modernas”, encontrar satisfação e negócios que prosperam.

“Devolvemos o mercado à cidade, que é uma coisa que andávamos há 40 anos a tentar fazer”, sublinhou Rui Moreira, numa visita ao Mercado do Bolhão, na manhã de sexta-feira. O autarca não tem dúvida de que “este era o mercado que as pessoas queriam, com condições de higiene, de segurança, de limpeza”. Ao mesmo tempo, acrescenta, a “grande adesão” era “o que nós queríamos”.

Para o presidente da Câmara do Porto, a identidade da cidade é, hoje, “a identidade contemporânea, de um mercado que mantém aqui um bem patrimonial importantíssimo e que é um bem material do ponto de vista arquitetónico, que nós queremos preservar, e patrimonial também do ponto de vista das pessoas”.

E não vê a forte atratividade que o espaço tem despertado nos turistas como negativa: “se são clientes, são bem-vindos”, defende. Lembrando como desde sempre vieram pessoas de fora fazer compras no Mercado do Bolhão, Rui Moreira sublinha que “o importante é que venham, gostem e deixem dinheiro a estas pessoas que, durante muitos anos, tiveram a sua vida sacrificada e hoje têm um negócio muito interessante”.

“Um negócio interessante é o negócio que traz o pulsar da cidade, que cria emprego, uma economia circular que é importante para as famílias”, conclui o presidente.