Cultura

O cemitério como epicentro da ação narrativa na nova peça de Raquel S.

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A dramaturga Raquel S. regressa ao Rivoli dias 27 e 28 com o seu mais recente espetáculo, "DESCANSAR". Peça parte dos cemitérios enquanto lugares de homenagem, por um lado, mas também enquanto lugares de leitura de diferenças sociais, políticas, económicas e de género.

"DESCANSAR" aborda diferentes questões como "O que é escrito em pedra?", "Quais as flores que são escolhidas?", "Quais fotografias e montagens são utilizadas para homenagear as pessoas que morreram?". À dramaturga interessa-lhe explorar as diversas opções estéticas tomadas por diferentes pessoas para este contexto.

"Os cemitérios são espaços ritualistas, mas também quotidianos, com vassouras atrás de jazigos e tigelas de comida de gato espalhadas, por exemplo. Neste território, coexistem os mundos dos vivos e dos mortos. E existe, também, um movimento lento e imparável: a decomposição". Este processo de decomposição interessou particularmente a dramaturga enquanto continuação de uma forma de vida.

O espetáculo conta com interpretação de Júlia Valente e Leonor Cabral, música de José Alberto Gomes e cenografia de Pedro Azevedo.

Raquel S. é dramaturga e dirige espetáculos a partir do Porto. Estudou Filosofia e Literatura e trabalhou com diversas companhias e artistas ao longo dos últimos anos. Em 2018, fundou a estrutura Noitarder, com a qual apresenta em coprodução com o Teatro Municipal do Porto.

"DESCANSAR" é apresentado esta quarta-feira — Dia Mundial do Teatro —, e na quinta, dia 28, às 19h30, no Rivoli. As sessões terão interpretação em Língua Gestual Portuguesa.