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Novos artesãos fazem a Forbes apaixonar-se - mais uma vez - pelos azulejos do Porto

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Filipa Brito

A Forbes fez uma declaração de amor aos azulejos do Porto. Lembrando a forte ligação da cidade a esta arte, a revista norte-americana de negócios e economia dá destaque aos novos artesãos que a fizeram apaixonar-se, mais uma vez, pelos mosaicos que embelezam vários espaços da Invicta, atraindo milhares de turistas de máquina fotográfica na mão.

Falando dos azulejos, não apenas da Estação de São Bento, mas que podem ser encontrados a colorir vários edifícios das ruas do Porto, a Forbes afirma que “estas bonitas obras-primas destacam o património por trás da cidade e, ainda hoje, têm uma forte presença da manufatura na sua essência”.

Num artigo intitulado “Os ateliers de cerâmica a trazer uma nova dinâmica à próspera cena artesanal do Porto”, a revista norte-americana aborda como a produção manual de azulejos “está a ressurgir graças aos artesãos que trazem uma nova dinâmica” a uma indústria que foi declinando, durante vários anos, pela falta de procura.

Terá sido a paixão que estes elementos vem despertando em quem visita a cidade que fez renascer a arte. Além de manterem viva uma tradição secular da Invicta, os artistas estão a democratizar o acesso ao azulejo com a criação de workshops para ensinar todos os que quiserem pôr as mãos na massa. Literalmente.

Citada pela publicação, a vereadora do Turismo e Internacionalização reconhece que “esta é uma ótima interação entre locais, estudantes internacionais, nómadas digitais e turistas”.

Catarina Santos Cunha acredita que “os workshops apresentam uma excelente oportunidade de aprender sobre a história da cerâmica, que data do século XVIII, e, assim, ajudam a preservar e promover as tradições artesanais da cidade”.

Aos workshops, juntam-se as residências, com os artesãos a abrir as portas dos seus espaços e a “partilhar as suas habilidades como nunca”. Entre os diferentes ateliers, a Forbes destaca o O! Cerâmica, o Nü Coworking Criativo e o Gazete Azulejos.

“Ao adaptar a sua oferta, os ateliers permitem que o legado do azulejo continue vivo e inspire outros criativos de todo o mundo a tornarem-se parte dele”, sublinha a revista, acreditando que “há qualquer coisa de especial na oportunidade de aprender com eles [os artesãos]”.

Para a Forbes, esta “abordagem imersiva” representa um passo importante para a preservação do património criativo do Porto. “Agora, o artesanato tem a possibilidade de se adaptar positivamente, permitindo que nos apaixonemos por ele novamente e que se mantenha vivo durante as próximas gerações”, conclui a revista.