Ambiente

Novo tratamento permite reduzir necessidades de intervenção no controlo do escaravelho-vermelho

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Miguel Nogueira

O Município do Porto começou a utilizar um novo método de tratamento biológico para combate ao escaravelho-vermelho, uma praga que ataca as palmeiras da cidade. Aplicação de mais um agente entomopagénico – a Beuvária – permitiu diminuir a necessidade de intervenção para as 1.599 ações, em 120 palmeiras, em 2023, em comparação com as mais de 2.500, em 130 exemplares, no ano anterior.

Adicionalmente, em finais de novembro de 2023, foi alterado o método de tratamento biológico para endoterapia, com aplicação de substâncias através do método de injeção direta no tronco, onde não existe resíduos de calda.

Desta forma, é possível poupar centenas de litros de água em caldas, materiais e recursos. Caso se venha a verificar o sucesso deste tipo de tratamento e o efetivo combate ao escaravelho, o Município do Porto acredita que se poderá reduzir o número de internveção para cerca de 400 por ano.

No entanto, salvaguarda-se que a praga existe e evolui ferozmente na procura de resistências aos produtos utilizados e disponibilizados.

A autarquia tem vindo a acompanhar o estado fitossanitário das palmeiras do Jardim do Passeio Alegre, da Avenida D. Carlos I e dos Jardins do Palácio de Cristal, conjuntos arbóreos classificados como de interesse público.

No ano passado, fruto da intervenção dos serviços municipais, apenas foram abatidas sete palmeiras de pequeno porte devido ao escaravelho-vermelho. Daí para cá, dez das 130 palmeiras, que se encontravam em estado de latência, deixaram de necessitar de intervenção porque não tiveram resposta vegetativa.