Mobilidade

Nova linha de Metro entre São Bento e Praça da Galiza resolve excesso de trânsito em zona crucial da cidade

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O presidente da Câmara do Porto disse que a futura Linha Rosa do Metro do Porto "resolve o excesso de trânsito numa zona absolutamente crucial da cidade, que se vai ainda densificar". Rui Moreira falava, nesta sexta-feira, na cerimónia de lançamento do concurso para a construção daquela linha, que ligará o centro do Porto à Boavista via Palácio de Cristal, e do prolongamento da Linha Amarela, que vai ligar Santo Ovídeo a Vila D'Este, em Gaia.

A nova linha de Metro, no Porto, fará a ligação entre São Bento, Cordoaria/Hospital de Santo António, Galiza/Centro Materno-Infantil e a Casa da Música/Rotunda da Boavista, ao longo de 2,5 quilómetros e quatro estações subterrâneas.

Na sessão pública que decorreu na estação de metro do Campo 24 de Agosto, na presença do primeiro-ministro, António Costa, do ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, do presidente do Conselho Metropolitano do Porto, Eduardo Vítor Rodrigues, administrador da Metro do Porto, Pedro Azeredo Lopes, o presidente da Assembleia Municipal do Porto, Miguel Pereira Leite, entre outras personalidades, como os arquitetos Siza Vieira e Eduardo Souto Moura, Rui Moreira mostrou-se visivelmente satisfeito por "finalmente o Metro voltar a expandir-se", contribuindo assim para o "desenvolvimento económico, social e ambiental da Área Metropolitano do Porto".

Como disse, a construção da Linha Rosa, há muito reclamada pela cidade, vai resolver o problema da dependência do transporte individual no "tramo central, que está muito próximo do esgotamento". Referindo que passa na Rua de Júlio Dinis praticamente todos os dias, percebe, como todos os munícipes, "que a cidade não pode continuar a viver daquela maneira [com o congestionamento automóvel]. Neste momento, sabemos quando saímos, mas não quando chegamos. Com esta expansão do Metro, em 2022 teremos o problema resolvido. Não falta muito tempo", observou o autarca.

Além disso, continuou, terá "um impacto excecional em termos da mobilidade, numa zona que está hoje claramente abaixo da sua capacidade", fazendo referência aos grandes equipamentos e infraestruturas que serão atravessados pela linha. "Basta pensar no que vai ser o investimento no Pavilhão Rosa Mota, que está praticamente concluído. Basta pensar no Centro Materno-Infantil, com todo o seu potencial de crescimento. Basta recordar também que, apesar de não chegarmos exatamente aonde queremos chegar, a estação da Galiza fica a 10 minutos a pé de um dos principais polos universitários da cidade do Porto".

Por tudo isto, o presidente da Câmara do Porto não tem dúvidas de que "o Metro vai continuar a crescer".

Na cerimónia de lançamento dos concursos, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou um "investimento superior a 800 milhões de euros" para desenvolver a rede de transportes da Área Metropolitana do Porto, sendo 600 milhões para a continuidade da expansão da rede de Metro e 200 milhões para os "metro-bus". As verbas vão ser integralmente geridas pela AMP, assegurou.

Segundo calcula o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, esta dupla expansão do Metro - do lado do Porto e de Gaia - irá, em conjunto, alavancar um crescimento de 16% aos "207 mil passageiros por dia", "ou seja, somar 33 mil passageiros" diários àquele meio de transporte.

Na sua intervenção, o autarca de Gaia e presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, destacou que não se trata de uma simples alargamento da rede. "Estamos perante uma estratégia consolidada em que a Área Metropolitana [do Porto] e os seus autarcas assumem despojar-se de algum do seu orçamento municipal, outrora talvez dedicado a coisas de maior visibilidade, mas que hoje passa a estar dedicado a coisas talvez de menor visibilidade política, mas de muito maior importância estratégica".

Segundo o administrador da Metro do Porto, Pedro Azeredo Lopes, "esta é a maior empreitada que nos propomos lançar", desde 2002, altura em que nasceram as primeiras linhas de Metro no Porto. O investimento ultrapassa os 300 milhões de euros e o número de novas carruagens ascende às 18.