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Nome da nova ponte sobre o Douro será escolhido por todos

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LENS

A nova ponte sobre o Rio Douro vai criar mais uma ligação entre o Porto e Vila Nova de Gaia, mas pretende unir, ainda mais, a comunidade que dela vai usufruir. Numa iniciativa inédita, será a população a escolher que nome dar à estrutura que irá ser construída para servir a futura Linha Rubi do metro. Os nomes propostos pela comissão de seleção são conhecidos esta quinta-feira, 6 de abril, e o período de votação fica aberto durante 30 dias. Nome escolhido é conhecido a 2 de junho.

Os historiadores Amândio Barros e Hélder Pacheco, o jornalista e investigador Germano Silva, o engenheiro civil Humberto Varum e o cantor Rui Veloso, são os responsáveis por apresentar uma série de possibilidades.

Os critérios para nomear a nova ponte sobre o Douro incluem, pelo menos, uma de duas exigências: “serem nomes de individualidades falecidas há mais de um ano, com excecional relevo regional, nacional ou internacional, ou designações de natureza histórica, geográfica, económica, social, cultural, ou outra, nacionais ou estrangeiras, que, por razões atendíveis, se encontrem, especialmente, ligadas às cidades do Porto e de Gaia”.

O Ministério do Ambiente, o Jornal de Notícias e os municípios do Porto e Vila Nova de Gaia optaram por colocar nas mãos da comunidade a escolha do nome da travessia que a vai unir, seguindo “um modelo de reflexão académica, com respeito pela história e cultura locais, bem como pela engenharia necessária à construção de uma nova ponte”.

No final do período de votação, uma nova comissão de decisão terá 15 dias para validar o nome mais votado. O grupo será composto pelo ex-presidente da Metro do Porto, Ricardo Fonseca, pelo coordenador do Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade, Fernando Sousa, e por Fernanda Ribeiro, professora na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

A nova ponte estará concluída até ao final de 2025 e ligará o Campo Alegre, no Porto, à Arrábida, em Vila Nova de Gaia. Financiada, assim como a Linha Rubi, pelo Plano de Recuperação e Resiliência, espera que venha a suprimir 5,2 milhões de automobilistas, em 2026, e a servir cerca de 11,4 milhões de utilizadores do metro, numa viagem entre a Casa da Música e Santo Ovídio.

Nas palavras de Germano Silva, a nova travessia será “mais um abraço a aproximar as gentes” das duas cidades, “mais uma gaivota a riscar o céu sobre o Rio Douro”.