Ambiente

No Porto, cada gota conta e é gerida pelo Município na luta contra a escassez

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Reforçando a mensagem de que “é tempo de agir rapidamente, através de políticas públicas, de boas práticas coletivas e de comportamentos individuais mais sustentáveis”, o presidente da Câmara do Porto abriu, ao início da tarde desta quarta-feira, Dia Mundial da Água, a conferência “Uso sustentável da água. Cada gota conta”, promovida pelo Jornal de Notícias, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.

Rui Moreira assegurou que “o Município do Porto está consciente das suas responsabilidades e tem agido em conformidade”, referindo-se à estratégia integrada e sustentável de gestão dos recursos hídricos, que coloca a cidade “na liderança do combate ao desperdício de água potável”.

Em 2022, o índice de Água Não Faturada desceu para os 13,4%, mostrando como “a nossa cidade é das que menos desperdiça água potável em Portugal, posicionando-se como uma referência nacional na gestão de perdas”, sublinhou o presidente da Câmara, referindo o “uso crescente de água não potável para limpeza de ruas, para rega de zonas verdes e para fins empresariais” e também o “forte investimento em tecnologia para monitorização, em tempo real, de toda a rede pública de abastecimento de água”.

Rui Moreira garantiu que, no Porto, “cada gota de água é gerida pelo Município, o que traz ganhos acrescidos de eficiência e controlo sobre os recursos hídricos”.

“Os municípios têm um papel fundamental no combate à escassez de água, no seu uso sustentável, na criação de bacias de retenção de águas pluviais e no armazenamento estratégico de água com recurso a reserva”, acredita o presidente da Câmara.

Intervindo também na sessão de abertura da conferência, o presidente da Área Metropolitana do Porto (AMP) considera “importante que se faça este debate na região do Porto porque, se não somos os mais afetados, quando procuramos as boas práticas, é, sobretudo, no Norte que elas se encontram”.

Eduardo Vítor Rodrigues referiu como os municípios da AMP “já contribuem com cerca de oito milhões de euros por ano - decorrentes de uma CTA (Contribuição Tarifária Acrescida) de oito cêntimos por metro cúbico de água vendida - para a coesão territorial, para diminuir a fatura da água no resto da região”.

Por isso, assume o presidente da AMP, “a nossa responsabilidade é dupla: continuar a refletir para fazer cada vez melhor e, com isso, ter um efeito de réplica para o resto do país”.

Participaram na conferência “Uso sustentável da água. Cada gota conta”, entre outros, o vice-presidente da Associação Portuguesa do Ambiente, José Pimenta Machado, o coordenador de Água na ANP/WWF, Rúben Rocha, e Nuno Forner, da Associação ZERO.