No Museu e Bibliotecas do Porto, a cantiga é uma arma
Porto.
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Neste sábado, 25 de maio, o Museu e as Bibliotecas do Porto celebram as palavras e os sons da liberdade, com expressão nas canções de protesto. Na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, às 16 horas, inaugura a exposição "Revolu(som) — 10 anos KISMIF" e, às 18 horas, o Canto Nono apresenta à capela o disco de evocação a José Mário Branco, "A Força (o Poder) da Palavra".
A exposição "Revolu(som) — 10 anos KISMIF" faz coincidir a celebração dos 50 anos de democracia e os 10 anos do festival KISMIF — Keep it simple, make it fast. A exposição realça as suas últimas edições, o seu carácter intersecional e transdisciplinar que dá palco a culturas alternativas e práticas DIY (Do-it-Yourself).
Para o Gabinete Gráfico da Biblioteca Municipal Almeida Garrett, as curadoras Rita Roque e Paula Guerra propõem uma instalação sonora e visual que reflete a ideia de revolução latente nas sociedades contemporâneas e as suas heranças encontradas na música, cinema, vídeo, arte urbana, teatro, artes performativas, literatura, rádio, programação, edição, design gráfico, ilustração, fanzines e na banda desenhada.
"O desenho expositivo perpassa um código simbólico de formas que abrem em ramificações orgânicas criadas pelo artista, designer e músico Bráulio Amado para dar navegação a uma seleção de 25 bandas nacionais que marcam o protesto, a revolução e a liberdade na última década", sublinham as curadoras.
Na exposição patente até 28 de julho, são destacados projetos como A Garota Não, Batida, Bezegol, Buraka Som Sistema, Conferência Inferno, Dino d’Santiago, Fado Bicha, JP Simões, Luca Argel, Pega Monstro, Selma Uamusse, The Parkinsons, Três Tristes Tigres e Mão Morta.
Canto Nono evoca José Mário Branco
Também no sábado e na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, às 18 horas, o Canto Nono apresenta um disco "A Força (o Poder) da Palavra – Um Canto a José Mário Branco". O espetáculo evoca José Mário Branco, personalidade marcante da música e da cultura portuguesa como compositor, arranjador, cantautor e produtor musical.
O Canto Nono - um conjunto de oito vozes com o qual manteve uma cumplicidade e uma convivência artística de 20 anos - irá interpretar à capela parte da sua obra. A par do álbum vinil desenhado por Miguel Carneiro e Rui Silva, coproduzido com o Museu e as Bibliotecas do Porto, o espetáculo apresentará uma história feita de canções, de lutas, de valores, aprofundada com momentos de conversa com o músico José Peixoto e o encenador João Branco, numa moderação de João Carlos Callixto.
O Canto Nono é composto por Dalila Teixeira, Daniela Leite Castro, Diana Gonçalves, Fernando Pinheiro, Joana Castro, Jorge Barata, Lucas Lopes e Rui Rodrigues.
A entrada nas atividades é gratuita, sujeita à lotação do espaço.