Cultura

No DDD CAMPUS há workshops de funk, flamenco, vogue, capoeira e millie rock

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José Caldeira

Com o DDD – Festival Dias da Dança quase a chegar, regressam também os workshops e práticas ao CAMPUS Paulo Cunha e Silva. De 22 de abril a 4 de maio, são diversas as práticas orientadas, desde o funk, ao flamenco, vogue, à voz, à capoeira e ao millie rock.

De segunda-feira, 22 de abril, até sexta-feira, dia 3 de maio, à exceção do fim de semana, regressam as aulas de yoga gratuitas. As aulas serão orientadas por Ana Santos Silva, Jovita Ivanaviciute e Marisa Vieira, da Casa Ganapati, e são abertas a quem quiser participar.

Muitos dos artistas do festival estarão também presentes no DDD x CAMPUS para práticas destinadas, exclusivamente, para profissionais e estudantes de nível avançado de artes performativas.

Na primeira semana, Marga Alfeirão e Mariana Benenge irão orientar uma prática para desconstruir vocabulário de movimento e um exercício para o olhar de quem observa e está a ser observado, de 22 a 26 de abril.

Também no dia 22, Katiany Correia, intérprete de "Zona Franca", de Alice Ripoll, orientará "Então, joga!", um workshop que traz os movimentos de ruas cariocas, ao som do funk carioca.

Nos dias 24 e 25 de abril, o coreógrafo Jeremy Nedd parte do seu espetáculo, "from rock to rock... aka how magnolia was taken from granite" para explorar o millie rock – um movimento de dança viral ligado a uma canção de hip-hop e ao rapper 2 Milly.

Nos mesmos dias, é a vez de Jefta van Dinther e Juan Pablo Cámara partilharem algumas práticas performativas subjacentes ao seu trabalho através de uma "coreografia da atenção".

Radouan Mriziga apresenta-se pela primeira vez no DDD e irá orientar uma prática nos dias 26 e 27 de abril, que pretende ser uma viagem rítmica de ligação a saberes ancestrais e fomentar ligações interpessoais.

No dia 28 de abril, o coreógrafo Jan Martens orientará "Embodying the voice", um workshop de investigação que parte do processo criativo subjacente ao seu espetáculo "VOICE NOISE".

Na segunda semana do festival, é a vez de Connor Scott – cocriador da peça "Vida e Obra", de João dos Santos Martins - orientar uma oficina, através do trabalho de relação entre movimento, voz e ressonância, construindo um arquivo do corpo ao vivo.

Amanda Piña estará no CAMPUS PCS em dose dupla: com o workshop "Exótica - Embodying the brown lineage of European dance" (dia 30 de abril), onde serão encarnadas as danças de artistas dos anos 20, representando o legado histórico de pessoas racializadas que atuam nos palcos dos espaços de apresentação europeus, e com o workshop "Towards a Practice of Compossession" (dia 1 de maio), onde compossession opera como um movimento de descolonização dos sentidos.

O flamenco também tem espaço no DDD, nomeadamente com a prática de La Chachi com "Flamenco para corpos não-flamencos", nos dias 1 e 2 de maio.

Pensada para pessoas ligadas aos movimentos de rua (breaking, capoeira, graffiti, rap, skate, etc), Original Bomber Crew orientarão "Dança Quebrada", que parte da capoeira e do breaking importantes nos processos criativos dos seus espetáculos.

Também Vânia Doutel Vaz regressa ao DDD, desta vez com um workshop no CAMPUS, de 29 de abril a 3 de maio. Outro regresso aguardado ao DDD CAMPUS são os workshops de vogue, que acontecem no sábado, 4 de maio, com German Father David Elle (Old Way) e Legendary Mother Kendall Miyake-Mugle (Vogue FEM).

Nem só de práticas físicas se faz o DDD CAMPUS: no dia 2 de maio, Ana Rita Xavier, Aura e Joana Couto propõem um espaço de conversa, partilha e desmistificação de temas relacionado com o estado da arte e cultura, procurando lançar tópicos, questões e problemáticas. Esta atividade é gratuita e aberta a quem quiser participar.

Para todas as práticas que acontecerão no CAMPUS Paulo Cunha e Silva, no âmbito do DDD – Festival Dias da Dança, deverão ser adquiridos os bilhetes em ddd.bol.pt.