Economia

Município do Porto com boas contas

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O Porto está
no topo dos municípios portugueses em eficiência financeira, ocupando a segunda
posição naquele ranking, que agrega o conjunto dos indicadores de gestão
financeira dos municípios, entre os quais, o prazo de pagamento, onde ocupa a
primeira posição. De acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses
2014
, apresentado ontem pela Ordem os Contabilistas Certificados (OCC), o Porto
subiu da quarta (2013) para a segunda posição (2014) da lista dos melhores classificados,
encabeçada por Sintra. O Anuário, coordenado por João Carvalho, presidente do
Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, traça a radiografia da saúde
financeira dos 308 municípios portugueses e das empresas municipais e é
desenvolvido com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados em
estreita colaboração com o Tribunal de Contas.


Entre os indicadores
que posicionam o Porto em lugar de destaque estão o índice de liquidez, o prazo
médio de pagamentos, o grau de execução do saldo efetivo, o grau de execução da
despesa relativamente aos compromissos assumidos, entre outros.


O Porto destaca-se
entre as câmaras de grande dimensão (com mais de 100 mil habitantes) no que
concerne à rapidez no pagamento a fornecedores, estando classificada em
primeiro lugar, com um prazo médio de pagamento de quatro dias. Só outras
quatro grandes câmaras ocupam lugar nos primeiros 50 municípios deste parâmetro:
Leiria (sete dias), Sintra e Vila Franca de Xira (oito dias) e Maia (nove
dias).


Quanto à lista
dos 50 municípios com maior independência financeira (relação entre receitas
próprias e totais) em 2014, liderada por Lagoa (Algarve), o Porto aparece em oitavo
lugar com um índice avaliado em 80,8%.


Este ranking
do Anuário apresenta os concelhos cujos recursos financeiros assentam mais em
receitas próprias, ou seja, impostos e taxas cobradas aos munícipes, do que nas
transferências do Estado e empréstimos bancários.


Dos
indicadores apresentados conclui-se também que a venda de património
imobiliário teve um aumento de mais 62,2% no Porto, colocando o município na
quarta posição do ranking que avalia este fator, o que indicia um potencial
interesse pela habitação no Porto e reflete a dinâmica da reabilitação urbana
na cidade.


A despesa
com pessoal nas autarquias também desceu 1% em 2014, sendo que neste item o
Porto procedeu a uma redução de custos com pessoal na ordem dos 1,3 milhões de
euros (-2,2%).


No quadro
que analisa os municípios quanto ao maior volume de amortizações de empréstimos
(passivos financeiros), o Porto aparece na décima posição. Destaque para a
conclusão de que o passivo de todos os municípios voltou a cair, desta vez
7,3%, sendo que no total, as câmaras municipais deviam no ano passado 6.234
milhões de euros, um pouco menos do que a dívida da REFER ou da Estradas de
Portugal.


Além do
anuário dos municípios, a equipa do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave liderada
pelo investigador João
Carvalho apresentou, pela primeira vez, o Anuário Financeiro das Freguesias
Portuguesas 2014.