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New York Times olha para o Porto como o “novo eixo criativo” do país

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Miguel Nogueira

A “transformação de uma cidade calma e industrial num centro criativo vivaz” levou o New York Times a dedicar um artigo sobre algumas das caraterísticas que refletem a cada vez maior atratividade do Porto. Das “marisqueiras da velha guarda aos estúdios de cerâmica”, o jornal norte-americano sublinha a oferta cultural, comercial e de lazer da cidade.

Como disse Nicole Muscari, educadora e consultora de vinhos radicada em Nova Iorque, que recentemente comprou um apartamento no Porto, citada pelo jornal, “os tipos criativos gostam de estar perto de coisas bonitas”.

E o New York Times refere como a cidade está “repleta de lojas concetuais e restaurantes casuais sofisticados”, ao mesmo tempo que atrai “expatriados que voltam a casa para fazer parte do reavivar” do Porto e fugindo aos elevados custos e multidões de outros destinos, e chefs e designers atrás dos “encantos inatos da cidade, cujas raízes remontam a milhares de anos”.

Sublinhando como “o centro histórico é um conjunto de edifícios medievais, barrocos, góticos e neoclássicos, muitos deles com uma linha de granito local que continua até aos dias de hoje”, o artigo afirma que estes diferentes estilos “contribuem para a inspiradora organização desorganizada” do Porto´”.

Para esta mais recente visão sobre a cidade, o New York Times falou com pessoas de diferentes áreas, que vivem, trabalham ou apenas visitam com frequência o Porto, para delinear um roteiro sobre os lugares a conhecer e os pormenores a não deixar de prestar atenção. O chef Nuno Mendes descreve as “cinco, seis gerações de arquitetura empilhadas” ao longo das ruas, com “azulejos por toda a parte”.

Para dormir, as sugestões vão para o Le Monumental Palace, o M.Ou.Co e para o Rosa Et Al Townhouse. Chegado o momento de escolher onde comer, não faltam restaurantes, do Yakuza ao O Rápido, do Rogério do Redondo ao Zé Bota, com uma pelos cachorrinhos do Gazela ou as bifanas da Conga.

E, para que ninguém saia da cidade sem levar algo consigo, o New York Times refere lojas como a Earlymade, a galeria Senhora Presidenta, a GUR, que faz tapetes com algodão reciclado, ou a incontornável Casa Januário.

O jornal norte-americano não deixa de sublinhar como o Porto “está no coração industrial do país” e, talvez por isso, “a cidade valorize tanto a arte como a praticidade, o progresso e a preservação”. Aqui, o jornal faz afirma que “o Museu de Serralves continua a ser uma referência no panorama da arte contemporânea”.

“Entretanto, em bairros como Ribeira e Cedofeita, é possível encontrar pequenas lojas teimosamente antiquadas, dedicadas a vassouras, chapéus ou câmaras analógicas”, acrescenta”. Quem quer conhecer este “centro criativo”, diz o jornal, deve, ainda, considerar conhecer toda a área do Bonfim ou o Jardim das Virtudes.

No final do artigo, quem vive ou trabalha no Porto deixa algumas dicas: optar pela primavera ou pelo outono, “as alturas mais bonitas para visitar” a cidade, fazer uma corrida pela beira-rio logo pela manhã ou ao final da noite, momentos “absolutamente magníficos”, onde uma pessoa “sente que perdeu a noção do tempo e da história”, e, ainda, o conselho para que “não se discuta futebol, porque é toda a gente fanática”.