Cultura

Músicos emergentes em destaque no programa de encerramento da Rádio Estação no Marquês

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

A Rádio Nómada do Museu da Cidade encerra a sua estadia na Biblioteca Popular de Pedro Ivo este sábado e domingo, com uma emissão especial ao longo de todo o dia - em direto e ao vivo na Praça do Marquês - que oferece leituras, conversas e uma maratona de nove concertos de emergentes músicos portuenses, uma proposta da Matéria Prima.

Foi no início do desconfinamento e em tempos de pandemia, que a Rádio Estação do Museu da Cidade habitou o espaço daquela pequena biblioteca ao ar livre, convocando o som e a experiência da escuta como forma de aproximação e contacto. E assim reabriu as portas.

A estadia temporária da Rádio Estação no Modo Nómada da Biblioteca Popular de Pedro Ivo, chega neste fim de semana, sábado e domingo (15 e 16 de maio), à reta final, propondo um programa especial de encerramento. Ao longo do dia, sintonizando a Rádio Estação no sítio invisível ou em frequência no bairro hertziano do Marquês (2 km) 96.3FM, entre as 9 e as 20 horas, emite em direto na e a partir da Praça do Marquês a rubrica “Rádio Nómada”.

Passantes e ouvintes são convidados a ficar à escuta pelo Jardim do Marquês, descobrindo as novas sonoridades de uma maratona de concertos de nove novos e promissores agitadores da música experimental portuense, uma proposta da Matéria Prima, autores da rubrica “Arca”. Esta “Arca, uma nave que percorre as latitudes criativas locais e desafia todos os silêncios”, traz-nos showcases de Francisco Oliveira, Noxin, Vasco Lé, Vicente Mateus, Inês Malheiro, Instruções Rituais, Nuno Oliveira, Canadian Riffles e Neither Neither.

Entre as rubricas habituais, haverá antena para o regresso dos “Ecos da Biblioteca Sonora”, uma performance de leituras pelos leitores voluntários da Biblioteca Sonora, sob a direção de Nuno Preto: sábado às 17 horas, ao vivo e em direto dos jardins; e para uma conversa especialíssima, com Germano Silva, domingo às 10 horas.

O programa completo pode ser consultado no website do Museu da Cidade.

Rádio Estação volta ao formato nómada na Feira do Livro 2021

A rádio sem locução, que ocupa em permanência o sítio invisível do website (também em construção) do Museu da Cidade, e em arquivo sonoro, assume-se como uma anti-rádio ou rádio em abismo, debitando uma grelha em permanente (des)construção que faz conviver experimentação sonora, composições generativas, gravações inéditas ou esquecidas, sondagens urbanas ou palavra soprada.

Para o Marquês, estreou novas rubricas, como “Confabulações”, uma fábula para pais e outra para filhos, “Inventário”, um mapeamento oral das praças da cidade, ou, mais recentemente, dia 1 de maio, Dia do Trabalhador, Trabalhar Cansa.

Esta última rubrica, com curadoria do sociólogo Bruno Monteiro e projeto sonoro de Pedro Tudela, debita em um conjunto de fascículos sobre o mundo do trabalho, “para sentir a pulsação da história que ainda hoje bate na cidade”. O programa é diário, mas todos os sábados, às 16 horas, Bruno Monteiro comenta esses registos, e no último domingo do mês há encontro marcado para trazer um convidado a entrevista. Será a 30 de maio, com Silvestre Lacerda, diretor-geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas (DGLAB).

Esta semana, dois dias de maratona de gravação recolheram depoimentos a mais de três dezenas de agentes culturais da cidade, sobre o museu e a cidade, preparando terreno fértil à reflexão sobre este museu em construção. Neste auditório das “Plataformas Públicas do Museu da Cidade” participaram, entre muitos outros, Nuno Coelho, Vânia Rodrigues, Dori Nigro, Laura Castro, Rita Castro Neves e Daniel Moreira, Joana Machado, Camilo Rebelo, Luís Araújo, Hilda de Paulo, Joaquim Moreno, num diálogo que irá ser transmitido e ampliado a outras vozes muito em breve.