Cultura

Museu Romântico vai encerrar ao público para obras de requalificação

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O Museu Romântico da Quinta da Macieirinha vai encerrar ao público a partir desta terça-feira, 14 de fevereiro, com vista às obras de requalificação que se vão iniciar ainda durante este mês.
Esta intervenção está integrada num conjunto de trabalhos de modernização e valorização dos museus municipais, no âmbito de uma candidatura submetida pelo Município do Porto ao NORTE 2020.
Abrangidas por esta candidatura estão também as obras de requalificação e modernização das Casas Museu Guerra Junqueiro e Marta Ortigão Sampaio, ambas integradas da Rede Portuguesa de Museus, assim como a criação de um Centro Interpretativo e a dinamização de três percursos turísticos que integram os Caminhos do Romântico.
Com um valor global de 1,35 milhões de euros, este projeto é cofinanciado a 85 por cento pelo Programa Operacional Regional do Norte 2014-2020 (NORTE 2020), através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER).
No caso do Museu Romântico, as obras de requalificação têm uma duração de aproximadamente três meses e incluem os vários espaços do museu (zona de exposição, entrada e loja), a que se seguirá a intervenção cenográfica (restauros, aquisição de objetos de arte e equipamento expositivo digital interativo). A reabertura do museu ao público está prevista para o início do verão.
O Museu Romântico está instalado numa antiga casa de campo, construída por meados do século XVIII para habitação de recreio, que pertenceu a um abastado comerciante portuense, na designada Quinta do Sacramento ou da Macieirinha. Foi nesta casa que se instalou (após curta estada no atual Palacete dos Viscondes de Balsemão) o exilado Rei da Sardenha e Príncipe do Piemonte, Carlos Alberto de Sabóia-Carignano, aqui passando os seus últimos dias e vindo a morrer a 28 de julho de 1849. Deste monarca foi neta Dona Maria Pia, uma das últimas Rainhas de Portugal.
A propriedade, integrada numa ampla zona verde composta pelos Jardins do Palácio de Cristal e pelos Jardins da Casa Tait, ambos abertos ao público e com vista sobre o rio e mar, foi adquirida pelo Município para aí instalar o Museu Romântico.
Inaugurado em 1972, o Museu recria o ambiente exterior e interior de uma habitação burguesa do século XIX, equipado com mobiliário e objetos decorativos da época, bem como os aposentos que retratam a presença do rei Carlos Alberto, exibindo algumas réplicas dos móveis originais que se encontram expostos no Museo Nazionale del Risorgimento Italiano, em Turim, oferecidas pelo Rei Humberto de Itália.