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Museu e Bibliotecas do Porto com programa especial para o Dia da Criança

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António Alves

O Museu e Bibliotecas do Porto assinalam o Dia Mundial da Criança com três dias consecutivos com palavras e livros, cinema e música na Biblioteca Popular de Pedro Ivo e Biblioteca Municipal Almeida Garrett. A entrada é gratuita, sujeita à lotação das salas.

O momento marca a reabertura da Biblioteca Popular de Pedro Ivo, no âmbito da "Biblioteca Errante", projeto de rede de microbibliotecas de proximidade da cidade, lançado em abril passado.

Será apresentado o projeto cultural do concurso de ideias para este espaço, intitulado "Cor(p)o de Intervenção" – Coro Intergeracional e Multicultural da Palavra Dita.

“Fazemos um novo ensaio para reativar esta biblioteca popular no coração da cidade, no ano em que completa 75 anos”, explica o diretor do Museu e das Bibliotecas do Porto, Jorge Sobrado. “É um espaço de encontro com o livro e a leitura, num catálogo para a infância e juventude que será renovado periodicamente, mas também um novo projeto cultural comunitário em torno da literatura de tradição oral e um conjunto de serviços das Bibliotecas Municipais”, sublinha.

Integrado na programação, B Fachada dará um concerto para crianças, às 19 horas de sexta-feira, 2 de junho, num espetáculo que “inclui temas com um intervalo de uma década, mas com o mesmo olhar mordaz e incisivo, ainda mais pertinente e divertido, precisamente por ter a pequenada como interlocutor privilegiado”, promete o compositor, multi-instrumentista e produtor lisboeta.

No dia seguinte, à mesma hora e no mesmo espaço, o estúdio Sara Pazos apresenta o espetáculo «Os Vestidos do Tiago», inspirado na obra de Joana Estrela.

Cinema de animação

Diariamente, de quinta-feira a sábado, há sessões de cinema no auditório da Biblioteca Municipal Almeida Garrett. Na quinta-feira, 1 de junho, às 18 horas, são exibidos dois filmes de animação infantil: «Ice Merchants», de João Gonzalez (2022), distinguido na Semana da Crítica do Festival de Cinema de Cannes, em 2022, e que esteve nomeado para o Oscar para Melhor Curta-Metragem de Animação; e «Mavka: A Alma da Floresta», de Oleh Malamuzh e Oleksandra Ruban (2023), situado nas “vastas florestas ucranianas” e que conta a história das “maravilhosas criaturas míticas que habitam entre árvores antigas guardando fielmente o seu reino sagrado”.

Sexta-feira, às 17 horas, é projetado «Os Flofos: Viagem no Tempo», de David Silverman e Raymond S. Persi (2021). No sábado, 3 de junho, às 16h30, pode assistir-se a «À Procura de Anne Frank», de Ari Folman (2021), que acompanha a história de Kitty, a amiga imaginária a quem Anne Frank dedicou o seu célebre diário, durante a Segunda Guerra Mundial. A entrada nas sessões de cinema é gratuita, sujeita à lotação da sala.

Leituras de Agustina e oficinas

Partindo de histórias que Agustina Bessa-Luís ouviu contar em casa das tias, com referência à região de Amarante, onde cresceu, as atividades educativas regulares das Bibliotecas do Porto dão sequência às comemorações do centenário da autora, neste fim de semana consagrado ao Dia Mundial da Criança. No sábado há «Hora do Conto» em dose dupla, com Adelaide Silva e Verónica Magalhães: às 10h, a partir do texto «As Duas irmãs Fabianas», de Agustina Bessa-Luís; «O menino Grão-de-Milho», da mesma autora, dá o mote para a «Hora do Conto» às 14h30.

Cândida da Luz dinamiza duas sessões de «Ler antes de Ler», o programa educativo mensal dirigido a bebés dos 18 aos 36 meses. «Romarias e tropelias» decorre às 11 horas e repete às 15h30, para despertar sensações e o gosto pelo mundo das palavras envolto pela magia da música.

No Reservatório, às 11 horas de sábado, o Coletivo ARiSCA desenvolve a oficina para os mais novos «Cápsula do tempo #4», que convida a desvendar em família uma verdadeira coleção de enigmas da arqueologia.

O Dia Mundial da Criança será ainda assinalado com uma sessão de «Histórias ao ouvido» com poemas de Eugénio de Andrade, na quinta-feira, 1 de junho, às 10h30, no Centro Materno-Infantil do Norte. Helena Vieira e Mónica Santos dinamizam esta iniciativa: “Partilhamos com crianças e jovens em contexto hospitalar e suas famílias, histórias ao ouvido e ao coração, cujo enfoque na leitura como atividade terapêutica, potencia a libertação emocional e a catarse”.

A sessão desafiará a ouvir e sentir a poesia de Eugénio de Andrade com palavras, sons e versos que encantam – poesias divertidas, que falam das coisas simples do mundo, com muito significado.