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Museu do Porto e "A Recoletora" juntam-se para descobrir a pele vegetal da cidade

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O Museu do Porto inaugurou, recentemente, uma nova colaboração. Em parceria com “A Recoletora”, nasceu um programa cultural e pedagógico centrado na “pele vegetal” da cidade, pensado para famílias, com propostas diversificadas, sob o mote da sustentabilidade.

Nesta programação crescem e multiplicam-se pretextos de descoberta, a pé, da identidade vegetal do Porto, bem como novas experiências sensoriais, culturais e pedagógicas em parques e jardins, para partilhar em família e amigos.

Depois de duas atividades em maio – um percurso que convidou à tomada de consciência do valor e da beleza das plantas que crescem espontaneamente e de forma resiliente em meios fortemente perturbados pela ação humana, e uma oficina pedagógica de cozinha silvestre –, a programação prossegue este mês, com três propostas.

Orientada pela herbalista Fernanda Botelho, a Deriva #17 — Flora insubmissa do betão realiza-se já este sábado, 10 de junho. A inscrição inclui a oferta de um caderno de notas e de uma bebida silvestre. Os bilhetes estão disponíveis online.

Para as crianças a partir dos três anos, a oficina pedagógica de cozinha silvestre ao ar livre regressa às 15h00 do dia 17 de junho (as inscrições já estão esgotadas).

Na Quinta da Bonjóia, a chef Maria Tavares ensinará os mais novos a identificar duas mãos cheias de flores que se comem e a trazê-las para os nossos pratos, tornando-os mais coloridos, cheirosos e saborosos.

Celebrar o São João

Neste programa diversificado, em dia de São João, haverá uma oficina para adultos, inteiramente dedicada à erva do santo mais popular do Porto – o hipericão.

Às 15h00 do dia 24, o Inventário #17 — Ode ao hipericão, a erva-de-são-joão (também já sem lugares disponíveis) celebrará o solstício de Verão e o feriado de S. João com uma viagem etnobotânica que vai dos saberes ancestrais aos conhecimentos científicos.

O Hypericum perforatum, também conhecido por milfurada, é uma das ervas mais utilizadas para fins terapêuticos em todo o mundo. É antiviral, analgésica, digestiva, adstringente, cicatrizante, diurética, e uma excelente antidepressiva e estimulante do sistema imunológico.

“A Recoletora” é um projeto colaborativo e itinerante, que junta botânicos, nutricionistas, chefs, artistas e designers, e tem como objetivo a recuperação das plantas silvestres comestíveis e a reabilitação da sua reputação, reimaginando-as e reintegrando-as nas nossas dietas e hábitos alimentares.