Mobilidade

Município suspende até ao final do ano as zonas pedonais temporárias aos fins de semana

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Filipa Brito

A Câmara do Porto decidiu suspender, de forma provisória, as zonas pedonais temporárias na Baixa, devido ao recolhimento obrigatório decretado para a cidade aos fins de semana, a partir das 13 horas. Os arruamentos ficam assim libertos da pressão a que estão mais sujeitos devido à restrição de horários de circulação na via pública e do funcionamento do comércio.

A decisão municipal é válida até ao final de 2020 e adequa-se às atuais contingências que a cidade atravessa para controlar a transmissão do vírus na comunidade. Com a ordem governamental para fechar os estabelecimentos comerciais e proibir a circulação nas ruas aos sábados e domingos a partir das 13 horas até às 5 horas do dia seguinte, o projeto do Município do Porto ficou condicionado e, por isso, foi revisto.

A autarquia entende que, nesta fase em particular, se afigura mais prudente libertar os dez arruamentos enquanto zonas pedonais temporárias e confia que, ao fazê-lo, vai facilitar uma maior fluidez na circulação do trânsito. De facto, por conta das restrições impostas, tem-se registado um aumento da afluência de pessoas ao centro da cidade nas manhãs dos fins de semana, conjugado com a proximidade do Natal e a necessidade de efetuar as habituais compras da época.

Assim, a Câmara do Porto assegura com a medida excecional de suspensão temporária do projeto que o acesso automóvel às zonas de maior pressão comercial se faça sem qualquer impedimento.

Desde a sua implementação em junho, já num contexto de pandemia, as zonas pedonais temporárias vieram comprovar que é possível atribuir novos usos à via pública, em linha com uma política municipal de mobilidade sustentável, que permitiu sempre, no seu interior, a circulação de bicicletas e trotinetas, enquanto meios suaves de transporte.

O projeto, que também promove o comércio local ao disponibilizar mais espaço para a implantação de esplanadas, procurou encontrar em toda a cidade novos espaços de fruição, e fê-lo com sucesso.

Esta adaptação provisória às atuais circunstâncias não belisca as zonas pedonais temporárias, que vão regressar em 2021 com os mesmos objetivos: promover o comércio local e a restauração, conferindo-lhes mais espaço para que possam desenvolver as suas atividades em segurança, e alargar o projeto a outras zonas da cidade, ganhando assim mais espaço ao ar livre