Município e empresas em conferência para “Reimaginar a Gestão de Talentos”

Hoje, o foco das empresas em Portugal está no redesenhar de processos, nos modelos de trabalho e no investimento na transformação digital. As principais conclusões do estudo “Global Talent Trends” foram apresentadas, na manhã desta terça-feira, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, na conferência “Reimaginar a Gestão de Talentos” e contaram com a participação do vereador da Economia, Emprego e Empreendedorismo, Ricardo Valente.

A "estabilidade no emprego" continua a ser a principal razão para as pessoas aceitarem um novo desafio profissional ou manterem-se nas funções desempenhadas. A "marca e a reputação das organizações" aparece como segunda motivação, a que se junta a "crescente valorização por modelos de trabalho mais flexíveis", que permitam um "verdadeiro equilíbrio entre vida profissional e pessoal", conclui o estudo.

Para o futuro, a Mercer, a consultora responsável pelo estudo, recomenda que as empresas se “tornem mais humanas ao ouvir atentamente todas as partes interessadas, usando dados para descobrir padrões e orientar a ação e falando sobre questões importantes”.

O estudo recomenda, também, que as organizações sejam capazes de “demolir o velho”, “redesenhando os modelos de trabalho e fazendo acordos de trabalho flexíveis”.

Para a Mercer, o facto de os trabalhadores esperarem “mais transparência e confiança” apela a que a liderança nas empresas seja distribuída, que todos possam participar com ideias e que as habilitações e interesses – e não os papéis ou relações – determinem as carreiras.

Por fim, a consultora acrescenta a importância de promover a adaptabilidade organizacional, instando os responsáveis de Recursos Humanos a desenhar culturas e programas baseados em como as pessoas podem – e querem – trabalhar.

Para debater as conclusões do estudo da Mercer, a gestora de Recursos Humanos da i-charging, Rita Pereira, o responsável de Pessoas & cultura da Byon, Daniel Florêncio, e o responsável de Interação & Marca da Fabamq, Luís Silva, partilharam experiências e ideias de como “Manter a relevância depois da crise”.

Um segundo painel colocou a gestora de Aprendizagem & Desenvolvimento da Blip, Diana Oliveira, a diretora de Pessoas & Cultura da Colep Packaging, Joana Roda, e o diretor de Recursos Humanos do Futebol Clube do Porto, Hugo Esteves, a debater como “Responder às necessidades do trabalho futuro”.