Política

Município assinalou os 113 anos da implantação da República

  • Porto.

  • Notícia

    Notícia

Sebastião Feyo de Azevedo representou o Município do Porto na evocação dos 113 anos do 5 de Outubro de 1910, cerimónia organizada pela Associação Cívica e Cultural 31 de Janeiro. Na ocasião, o presidente da Assembleia Municipal do Porto sublinhou que a data serve, sobretudo, para “reafirmar o compromisso com os princípios democráticos e os ideais republicanos”, em particular junto das novas gerações.

Na cerimónia comemorativa da implantação da República, realizada na Junta de Freguesia do Bonfim, o presidente da Assembleia Municipal do Porto começou por dizer que “o 5 de Outubro simboliza o inconformismo e a coragem de um povo que soube agarrar o seu destino, lançando as sementes de um sistema político fundado nos princípios da liberdade, igualdade e justiça.”

Neste sentido, “o 5 de Outubro é mais do que uma simples celebração histórica – é uma ocasião para reafirmar os valores fundamentais que moldaram a República Portuguesa e continuam a nortear o país na atualidade”, considera Sebastião Feyo de Azevedo.

Por isso, “é fundamental valorizar publicamente os princípios democráticos e os ideais republicanos perante as novas gerações. Os nossos jovens devem estar conscientes de quanto custou conquistar a liberdade e da importância que a defesa da democracia, a promoção da cidadania e a preservação da unidade nacional têm para o seu futuro.”

Donde, prosseguiu, “cabe-nos a nós, aos mais velhos, a responsabilidade de transmitir às novas gerações o legado político, cívico e cultural que recebemos dos nossos antepassados. Nomeadamente dos antepassados que, como aconteceu no 5 de Outubro, contribuíram para um regime político mais justo, mais livre, mais plural, mais participado.”

A terminar a sua intervenção, Feyo de Azevedo acrescentou ser “importante evocar datas históricas que nos lembram que é preciso defender continuamente o regime democrático, aprofundando a participação cívica e promovendo a coesão social. A democracia portuguesa é um edifício em permanente construção, que necessita do esforço de todos para que, a partir dos alicerces criados no 5 de Outubro, se ergam paredes sólidas contra o autoritarismo, a intolerância, a injustiça e o preconceito.”

“Mais do que um regime político, a República assume-se como um compromisso com a liberdade, a justiça social, a emancipação cívica e sobretudo a construção de uma sociedade onde todos têm oportunidades iguais”, concluiu Feyo de Azevedo.

Na mesma cerimónia, coube ao historiador Joel Cleto a contextualização histórica do 5 de Outubro, ao que se seguiram as intervenções do presidente da direção da ACC 31 de Janeiro, Luís Cameirão, do presidente Junta de Freguesia do Bonfim, João Aguiar, do Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, Fernando Cabecinha, e, a terminar a sessão, do presidente da Assembleia Municipal do Porto.