Águas e Energia do Porto assina compromisso para combater alterações climáticas no setor
Porto.
Notícia
DR
O Município do Porto subscreveu a “Declaração de Compromisso para Adaptação e Mitigação das Alterações Climáticas nos Serviços de Águas”, através da empresa municipal Águas e Energia do Porto. O documento, assinado pelo vice-presidente da Câmara do Porto e presidente do Conselho de administração da referida empresa municipal, Filipe Araújo, visa estabelecer um compromisso para implementar medidas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas no setor das águas.
Na sessão de assinatura, que decorreu a 7 de junho, no Pavilhão da Água, no Porto, Filipe Araújo, que também tutela o pelouro do Ambiente da autarquia portuense, destacou a Estratégia Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas, que inclui 52 medidas, muitas delas relacionadas com o setor da água.
É o caso do desenvolvimento de um plano de valorização e reabilitação das linhas de água do município, que está em curso. Em matéria de economia circular, a Águas e Energia do Porto está a focar-se nas ETAR de nova geração, “enquadrando as ETAR como fábricas de recursos, olhando muito à questão das lamas e a outros subprodutos”, explicou o vereador. Adicionalmente, estão também a ser pensados projetos de reutilização da água.
Recorde-se, ainda, que a cidade Invicta lançou, no início do ano, o Pacto do Porto para o Clima, que tem como objetivo principal atingir a neutralidade carbónica já em 2030.
Declaração subscrita por 36 entidades
Esta declaração resulta do trabalho da Comissão Especializada de Adaptação às Alterações Climáticas da APDA – Associação Portuguesa dos Distribuidores de Água, representada na sessão pela vice-presidente, Joana Felício, e foi subscrita por 36 entidades, entre elas as câmaras municipais de Barcelos, Coimbra, Vila Nova de Gaia, Gondomar, Águas do Douro e Paiva, Indaqua Matosinhos, entre outras.
De forma genérica, pretende que sejam implementadas políticas que incentivem a economia circular, a melhoria da eficiência hídrica e energética e a redução da vulnerabilidade atual e futura relativa aos efeitos das alterações climáticas.
A declaração apela aos diferentes atores públicos e privados a desenvolveram medidas mais eficazes em diagnosticar e prever os impactos que se geram na disponibilidade de água, tanto em qualidade como em quantidade, e relativamente aos fenómenos extremos como as secas e inundações, que estão a aumentar em frequência e intensidade e que afetam e irão afetar de forma direta os serviços de abastecimento e saneamento de cada município.
Pretende, também, que o setor dos serviços de abastecimento e saneamento de água urbana vá “mais longe no seu dever de apoiar, propor e operacionalizar estratégias e medidas para o combate à emergência climática.
O documento está alinhado com instrumentos europeus já implementados em Portugal, como o Acordo de Paris, o Pacto Ecológico Europeu e a Nova Estratégia da União Europeia para as Alterações Climáticas, onde se inclui a nova Lei Europeia do Clima.