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Mundial de 49er e 49erFX traz a Portugal os melhores velejadores do mundo

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O Campeonato do Mundo de 49er e 49erFX traz os melhores velejadores do mundo às águas do Porto e Matosinhos, uma
década depois de Cascais ter sido palco da prova. A poucos dias do início da competição de uma das mais importantes classes olímpicas de vela, 28 de agosto a 2 de setembro, alguns dos melhores velejadores do mundo já se encontram no
Porto e em Matosinhos em treinos.


A competição envolve mais de 500 pessoas, cerca de 130
embarcações, 350 atletas de 60 nacionalidades e será transmitida para 170
países em todo o mundo.


Com um cartaz de luxo, o Mundial traz às costas de ambas as
cidades os vultos da modalidade, nomeadamente, o australiano Nathan Outteridge,
ouro em 49er nos Jogos Olímpicos de 2012 e prata em 2016. Outro das presenças a
destacar é a de Robert Scheidt, o brasileiro que conquistou medalhas em cinco
olimpíadas consecutivas e foi 13 vezes campeão mundial.


"A gente tem aqui um mar forte, com muita onda, que testa as
habilidades dos velejadores, com diversas condições de vento", referiu o Robert
Scheid, em declarações à SIC. "Todo o mundo quer ter um resultado bom, visando
já os jogos olímpicos de Pequim", acrescentou o atleta que já se encontra em
águas portuguesas a treinar, à semelhança da maioria dos colegas.


Entre as senhoras, a principal figura é Martine Grael,
velejadora de Niterói, que fará parte da equipa AkzoNobel na próxima Volvo
Ocean Race. A atleta foi vice-campeã mundial em 2015 e, no ano passado,
conquistou a ouro nos Jogos do Rio.


Para defender as cores nacionais, estão confirmadas três
duplas: Jorge Lima/José Luís Costa, Francisco Maia/Afonso Maia e Rodolfo
Pires/Gonçalo Pires.


Quanto à especificidade destas classes olímpicas, 49er (tripulação masculina) e 49er
FX (tripulação feminina), Robert Scheid explicou que reside no barco, que é muito difícil de ser
manobrado, devido às velocidades elevadas que pode atingir. "Eu comparo o 49 ao
wind surf, temos uma dose de adrenalina muito alta ao velejar este barco".


Miguel Lopes Cardoso, da organização, também em declarações
à SIC, mencionou que há equipas que não estão habituadas a competir ou treinar
no mar. "Ainda no outro dia, falávamos com uma equipa canadiana que diz que só
faz vela em lagos e um dos elementos estava incomodado porque o mar estava 'muito
grande' lá fora e, quando fomos ver, a vaga estava com meio metro".


Com uma estadia média dos participantes superior a 20 dias, para
os treinos de adaptação e preparação, sendo que as equipas com melhores meios
estarão em Portugal cerca de mês e meio, a organização prevê que o impacto
direto na economia da região seja superior a um milhão de euros, valor que não
contempla o reflexo direto no público assistente, nem na exposição mediática
local e internacional.


Recorde-se que, em 2015, a Frente Atlântica do Porto tinha
já acolhido o Europeu de 49er e 49er FX. A competição é organizada pelo Clube
de Vela Atlântico, com o apoio institucional da Câmara Municipal do Porto e de
Matosinhos, Turismo Porto e Norte de Portugal e Federação Portuguesa de Vela.