Movimento JANOTA lança no Porto as sementes para revolucionar o setor agrícola português

JANOTA – Jovem Agricultor(a) Nacional Orgulhosamente com Tecnologia Agrícola é o nome da campanha encabeçada pela Wisecrop, startup incubada na UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, que pretende capacitar os agricultores para o uso de soluções digitais, tornando o setor mais atraente e competitivo.

Tem apenas seis anos de vida, mas a maturidade suficiente para ambicionar liderar o movimento de digitalização do setor agrícola nacional. A startup portuense Wisecrop disponibiliza, desde a sua génese, um sistema operativo que permite ao agricultor monitorizar a sua exploração, remotamente e em tempo real, dotando-o de um conjunto de informações úteis ao processo de decisão sobre a evolução das culturas.

Por isso, detém o know-how (conhecimento) e experiência suficientes para dar mais um passo pela sua afirmação – confirmada pelos 3.000 utilizadores que já conquistou, entre agricultores, técnicos agrícolas ou associações de produtores.

“Sentimos que este é o momento certo para lançar este movimento, uma vez que estamos numa fase de transição entre a antiga PAC (Política Agrícola Comum) e a nova, onde as tecnologias irão adotar um papel importantíssimo”, assinala Tiago Sá, CEO e cofundador da Wisecrop, citado no comunicado da UPTEC.

“Pretendemos acelerar o processo de digitalização da agricultura portuguesa, para que evolua e se torne mais competitiva em mercados externos e, por consequência, se torne mais atraente a investimento e a captação de recursos humanos”, explica ainda o responsável que, em 2019, foi distinguido pela Forbes como um dos 30 melhores talentos europeus com 30 anos ou menos, na categoria de empreendedores sociais (a mais recente lista da revista norte-americana, volta a incluir nomes do Porto).

A utilização da Wisecrop permite poupanças significativas com a rega e nutrientes, a redução do uso de fitofármacos ou o aumento da eficácia laboral e da maquinaria. Por outro lado, a solução providencia também vantagens intangíveis, como o “conforto trazido em momento de certificação, o acesso à exploração de forma instantânea e remota, o que evita deslocações propositadas, ou a capacidade de acompanhar a evolução dos custos de produção, que resulta numa previsão precisa e atempada do proveito da campanha”, garante a startup.

Com clientes por todo o país, a Wisecrop também já chegou a mercados como a Espanha, Itália e Brasil. O principal foco da ferramenta são as culturas frutícolas e hortícolas em solo desprotegido, mas a startup colabora, igualmente, com clientes que produzem em túneis e estufas, bem como ervas aromáticas, cogumelos ou cereais.