Cultura

Montagens para a Feira do Livro nos Jardins do Palácio de Cristal já decorrem

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A Avenida das Tílias, localizada nos Jardins do Palácio de Cristal, regressa como o centro nevrálgico de mais uma edição da Feira do Livro do Porto, que arranca a 28 de agosto. A precisamente duas semanas do início do festival literário, a azáfama própria das montagens já é bem visível no local.

Quase se poderia brincar com a expressão anglo-saxónica "Please, do not disturb" (Por favor, não perturbar). A equipa de montagem das estruturas da Feira do Livro tem, por estes dias, a importante tarefa de erguer os 119 stands, onde editoras, distribuidores, livreiros, alfarrabistas, entidades públicas e privadas, vão vender os melhores livros aos melhores preços.

Por isso, devido aos trabalhos de montagem que atualmente decorrem, e por razões de segurança, o acesso a algumas zonas dos Jardins do Palácio de Cristal vai estar condicionado até ao dia 23 de agosto.

O festival literário, que este ano começa um pouco mais cedo do que o habitual, ainda em agosto, prolonga-se depois até ao dia 13 de setembro. Serão mais de duas semanas de puro encontro com a palavra, em todas as suas formas de expressão ou apresentação: da literatura à poesia, da rádio à música, convergindo numa programação que se abre à "Alegria para o fim do mundo".

Um mote sugestivo face ao atual momento da história mundial, que parte aliás, de uma das escritoras residentes desta edição, Andreia C. Faria, que com Inês Lourenço compartilhará o processo dessa residência com o público, no final da Feira do Livro.

Residência essa certamente inspirada naquele que é o principal foco da programação 2020 do certame: a valorização da língua portuguesa e do poder da palavra feminino. Motivo que leva a Câmara do Porto, que recuperou uma antiga tradição e organiza a Feira do Livro do Porto desde 2014 nos Jardins do Palácio de Cristal, a eleger este ano duas homenageadas: a poeta Leonor de Almeida (1909-1983) e a cientista - e também poeta - Maria de Sousa (1939-2020).

Lições, debates, um ciclo de cinema, conversas, concertos ao final da tarde e jazz ao relento, palavra soprada, rádio, oficinas e espetáculos são os principais destaques do programa do festival literário, que marca o regresso das atividades culturais à cidade.

Realizada num contexto de pandemia, a Feira do Livro do Porto estará, assim, sob uma forte vigilância, cumprindo todas as medidas preventivas determinadas pelas autoridades de saúde e governamentais. A entrada no recinto será controlada, sendo o limite máximo no seu interior de 3.500 pessoas.