Cultura

Michael Goulian: "Só no Porto conseguimos sentir a energia das pessoas"

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A poucos dias da Red Bull Air Race (1-3 de setembro), e após uma primeira entrevista ao atual líder do campeonato, Kirby Chambliss, entra em discurso direto outro grande piloto em competição, Michael Goulian. O norte-americano vai já para a quarta participação em etapas nacionais e é um dos pilotos mais experientes do campeonato.

Natural do estado do
Massachusetts, Goulian nasceu numa família que detinha uma das maiores escolas
de voo do nordeste dos EUA. Aos 16 anos começou a voar a solo e aos 22 foi campeão
pela primeira vez em acrobacia na classe avançada. Foi piloto de voos
executivos e fundou uma escola de acrobacia aérea. É coautor de uma série de
livros intitulados "Aviação Acrobática Básica e Avançada", que se tornaram
referência do setor. Integra o restrito grupo de sete pilotos que conquistaram
a tripla coroa de glória da acrobacia aérea: o Art School Memorial Award, o
Bill Barber Award e a ICAS Sword of Excellence.


 


Simpático e
carismático, Goulian é um empenhado promotor da aviação, seja a explicar o
desporto perante as câmaras ou a conversar com os fãs em sessões de autógrafos.
A etapa do Porto - onde apenas logrou obter um sexto lugar em 2008 como melhor
classificação - poderá proporcionar as condições ideais para o seu avião, que
tem recebido vários melhoramentos aerodinâmicos nos últimos meses com
resultados cada vez mais visíveis. À PortoLazer, falou sobre a prova no Porto e
suas expectativas.


 


MICHAEL GOULIAN


Equipa: Team
Goulian       


País: Estados Unidos da
América    


Idade: 48 anos (04-09-1968)


Avião utilizado: Zivko
Edge 540 V2


Já correu em anos
anteriores no Porto. Que recordações guarda dessa altura?


O que mais me
impressiona no Porto é a altura das "paredes" que ladeiam o circuito
nesta cidade. Quase que sentes que estás dentro de um Coliseu. Quando aqui
corremos no passado, o nosso avião era muito bom a direito, mas perdia bastante
velocidade nas zonas de subida vertical. O nosso atual avião possui um
equilíbrio muito melhor entre ambas as características, mas principalmente uma
excelente capacidade de viragem, e por isso pensamos que seremos capazes de nos
dar muito bem este ano.




Acha que tem alguma
vantagem em já ter competido aqui anteriormente?


Nem por isso. Todos os
pilotos que agora enfrentamos são muito experientes, e a tecnologia disponível
faz com que estejamos muito nivelados pois as ferramentas disponíveis para nos
prepararmos são mesmo muito boas.


 


Qual é a sensação
de competir tão perto das margens do rio Douro, com o imenso público a assistir
e apoiar?


Em muitas das pistas em
que voamos, não conseguimos sentir a energia dos espectadores, mas não é esse o
caso do Porto. Quando atravessas o pórtico de partida e alinhas com a pista,
consegues ver e sentir essas pessoas e todo o seu entusiasmo.


 


Quais as
expectativas para a corrida de Portugal e para o Campeonato Mundial de 2017?


Estamos de olhos
postos na conquista de uma primeira vitória na época de 2017, e o nosso
objetivo é consegui-lo até ao final do campeonato. Portugal seria um local
fantástico para ocuparmos essa posição central no pódio que perseguimos!
Adoramos o país e as pessoas, e eu não vejo a hora de entrar em ação.