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Metro do Porto confirma proposta vencedora para a nova ponte

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A vantagem obtida na primeira fase do concurso público para a conceção da nova ponte sobre o rio Douro que servirá o Metro do Porto foi confirmada pelo relatório final do júri: a proposta do consórcio formado pela Prof. Edgar Cardoso – Engenharia e Laboratório de Estruturas, Lda, pela Arenas & Asociados, Ingenería De Diseño SLP e pela No Arquitectos, Lda foi a escolhida para adjudicação do projeto.

O conceito consiste numa ponte de pórtico com efeito de arco, totalmente em betão, e com um perfil longitudinal a uma altura ligeiramente superior à da Ponte da Arrábida, de modo a não constituir um obstáculo visual. Com uma forte orientação no sentido da sustentabilidade, a proposta prevê, ainda, a instalação de painéis fotovoltaicos nos carris, que permitirão a iluminação da ponte. Com um prazo de execução de 970 dias e um custo orçado em 50,5 milhões de euros, o projeto contempla ainda escadas e um elevador a servir a Rua do Bicalho e a Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

“A ponte a desenvolver vai unir o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Vila Nova de Gaia, sendo parte obrigatória de uma nova linha de Metro – a Linha Rubi – que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídeo”, nota a Metro do Porto em comunicado. “Tanto a futura ponte como a nova linha são totalmente financiadas a fundo perdido por verbas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência e estarão construídas e em funcionamento até ao final de 2025”, acrescenta a empresa.

O contrato para o desenvolvimento do projeto deverá ser assinado nos próximos dias, representando um investimento superior a 1 milhão de euros. Aquela que será a sétima travessia entre o Porto e Vila Nova de Gaia deverá começar a ser construída na primeira metade do próximo ano.

O tabuleiro da futura ponte é exclusivamente reservado ao Metro, aos peões e bicicletas, o que corresponde a uma preocupação manifestada pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, durante a conferência “Margens que se ligam”, em novembro.

“Uma ponte, por si só, é sempre um projeto de aproximação de partes, de conectividade e de cooperação, de ultrapassagem de obstáculos. A nova ponte sobre o Douro é e será tudo isto, tornando a região ainda mais coesa, ambientalmente sustentável e competitiva”, sublinhou o presidente do conselho de administração da Metro do Porto, citado em comunicado.

Tiago Braga salientou ainda a preocupação com a sustentabilidade que preside ao projeto: “Numa altura em que as questões energéticas estão ainda mais na ordem do dia, esta ponte e esta linha são o mais forte contributo para a descarbonização da mobilidade nesta região, uma vez que este é o eixo alternativo à circulação automóvel na Ponte da Arrábida e a parte da VCI, contribuindo estruturalmente para uma menor dependência nacional de combustíveis fósseis.”